45 EVENTO FOCO NA PROXIMIDADE A Climasun tem conseguido manter a proximidade – com o mercado, com os clientes, com as pessoas. “É uma característica genética da nossa empresa. Criámos uma personalidade própria no mercado, e isso faz a diferença”, defende Alexandre Pereira. Essa relação de confiança tem permitido à Climasun manter uma ligação sólida com a Haier, mesmo num contexto em que muitas marcas optam por entrar diretamente em Portugal. Aliás, o percurso com a Haier nem sempre foi visível: “Durante muito tempo não publicitámos a marca porque estávamos a gerir outras representações e não queríamos criar conflitos. Mas a relação com a fábrica sempre foi direta, sempre foi independente”. Com o tempo, a parceria evoluiu e deu origem a uma nova abordagem. “Em 2022, decidimos apostar quase a 100% numa estratégia de expansão direta com a Haier, e desenvolvemos também marcas próprias como a Haice, que é nossa desde 2006, e a O2, criada em 2022. Tudo feito na fábrica da Haier, com uma lógica de complementaridade: usamos o melhor da Haier para a marca e a gama mais standard para as outras”. Este posicionamento permitiu à Climasun diversificar a oferta, cobrindo diferentes segmentos de mercado. “Se só tivéssemos a Haier, o mercado tenderia a escolher sempre o produto mais barato, mesmo dentro da gama. Com a diversificação conseguimos que o cliente decida onde posicionar o produto, sem comprometer a origem”. Apesar do crescimento, os objetivos para os próximos anos são claros: manter o equilíbrio e garantir consistência. “O nosso principal objetivo é não perder o que já conseguimos. O crescimento tem sido natural, sem excessos, mas com metas superadas. Agora queremos consolidar, ser eficientes, manter a exclusividade dos clientes e não cair na tentação de estar em todo o lado”. Alexandre Pereira sublinha ainda a aposta na valorização dos recursos humanos. “Há dois anos decidimos não entrar na guerra dos salários. Fomos buscar recém-licenciados, demos-lhes atenção e estágios com verdadeiro acompanhamento. Criámos um bom ambiente, um espírito de pertença. Isso é fundamental”. A Climasun mantém também ligação ao mercado angolano, ainda que com outro enfoque. “Angola está num momento diferente. Já tivemos mais presença, mas o país mudou. Agora queremos ajustar a empresa à realidade de lá, de forma consistente”. Em 2025, o foco é claro: dar tempo ao tempo. “O ano passado foi uma correria. Este ano, queremos consolidar tudo o que semeámos. Temos uma boa equipa em Portugal, uma excelente relação com os parceiros chineses, e o mercado português está num bom momento. É uma conjugação de fatores que tem ajudado – mas há que saber gerir esse impulso”. MARKETING COM ADN DE PROXIMIDADE A Climasun sempre cultivou uma relação próxima com o mercado, e a abertura da nova sede e centro logístico no Norte foi mais um passo nesse caminho. Para Susana Penedo, diretora de Marketing, a decisão teve tanto de estratégica, como de emocional. “Temos uma presença muito forte no centro do país, já tínhamos uma loja no Porto, mas faltava-nos uma presença mais direta junto dos instaladores e parceiros da região Norte. Era algo que fazia falta”. Essa relação de proximidade, que Alexandre Pereira apontava como uma das mais-valias da empresa, é também um pilar da comunicação da marca. “Somos muito informais. Acho que uma das nossas grandes mais-valias passa justamente por essa informalidade. Somos descontraídos na comunicação e fazemos mesmo questão de estar com todos os nossos parceiros”, explica Susana Penedo, reforçando que essa postura não é apenas uma estratégia comercial, mas “uma extensão da nossa maneira de ser. Reunimos uma equipa que partilha este ADN, por isso tudo se torna natural – e talvez seja essa naturali-
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