BI332 - O Instalador

57 REABILITAÇÃO URBANA ter um ar saudável no interior que impacta na nossa saúde. E tudo isto com eficiência e poupança também”. E se os resultados alcançados numa Passive House são o ponto onde todos chegam, o caminho tem ainda muitos desafios, como destacou Pedro Ribeiro, country manager da Danosa: “os desafios foram muitos e realmente fazer uma Passive House, no nosso caso com um projeto que é o primeiro não residencial a atingir a certificação, envolve um trabalho de muita proximidade e entreajuda entre todas as equipas. Agora que está feito, valeu muito a pena”. Comum em todas as intervenções foi a necessidade de formação, que este ano deu um grande passo com a abertura do Passive House Center, o centro de formação prática para Passive Houses, em Pombal. Formação essa que anda a par com a comunicação, que, para além dos profissionais do setor, está cada vez mais voltada também para o cliente final: “a estratégia deve passar por avivar a consciência do consumidor final, monitorizar o desempenho dos edifícios Passive House para evidenciar a sua qualidade e transmitir confiança”, reforçou João Marcelino, presidente da Passivhaus Portugal. O hidrogénio foi um tema também muito falado, ao posicionar-se como uma opção viável para bombas de calor, permitir o armazenamento de energia no longo prazo e, assim, colmatar as necessidades de aquecimento e arrefecimento dos edifícios. A 12ª Conferência Passivhaus Portugal encerrou com uma das apresentações mais esperadas do evento. O especialista Lloyd Alter ligou os pontos ao falar do caminho da suficiência, ou seja, prescindir do que não é assim tão essencial numa casa para privilegiarmos o conforto e a saúde. E deixou uma mensagem final: “há uma coisa que é abundantemente clara: estão disponíveis as tecnologias e normas necessárias para realmente levar a uma mudança nas questões climáticas, e o único real obstáculo são as políticas e os interesses associados aos combustíveis fósseis”. Para além das mensagens no Grande Auditório, o evento contou com 65 workshops, entre apresentações de projetos por Passive House Designers e sessões das marcas, a exposição de projetos Passive House e, claro, a área de exposição, que percorreu todos os campos de uma Passive House: envolvente opaca, envolvente transparente, estanquidade ao ar, sistemas e equipamentos e, ainda, construtores. A próxima edição acontece nos dias 21 e 22 de outubro e 2025, em Aveiro. n As Revistas Novoperfil e O Instalador são Media Partner da Conferência Passivhous Portugal, e publicarão, em breve, a reportagem completa do evento. Lloyd Alter ligou os pontos ao falar do caminho da suficiência. A área de exposição percorreu todos os campos de uma Passive House. O evento contou com 65 workshops.

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