OPINIÃO 66 Mobilidade eléctrica por terra, mar e ar Um pouco por todo o mundo há acções no sentido de enveredar para a mobilidade elétrica. Mas a velocidades e com estratégias distintas. Sendo que, claramente, a morte dos motores a combustão não está ainda anunciada. Nuno José Ribeiro, Advogado e Pós-graduado em Direito de Energia* * O autor escreve no antigo acordo ortográfico. O tema da mobilidade elétrica entrou na ordem do dia e no léxico habitual no contexto da transição energética que se está a viver. O sector em que tem uma presença mais forte é os dos transportes terrestres, seja na mobilidade individual, por via de automóveis, patins e bicicletas eletrificas, seja na colectiva, tanto nos transportes como na movimentação de carga. No plano comercial, os veículos elétricos estão em pleno crescimento com as vendas globais em Janeiro de 2024 a atingirem o valor de 1,1 milhões de veículos novos vendidos. Esta procura tem sido liderada pela China, Europa e EUA, prevendo-se que o crescimento se mantenha ao longo do corrente ano. Contudo, e apesar de aqueles três mercados liderarem na compra de veículos elétricos, a razão desse mesmo interesse é diferente para cada um. No caso da China, o aumento é devido essencialmente a uma opção do governo chinês e à própria dimensão do mercado, que é uma das maiores economias do mundo e também uma das que mais cresce, havendo um mix de preferências entre elétricos e híbridos plug in. A este crescimento também não é de todo estranho o próprio aumento da importância da China enquanto produtor de baterias para veículos elétricos. Porquanto, das dez maiores fabricantes de baterias para carros eléctricos do mundo, seis são empresas chinesas, as quais, no seu conjunto, representam 75% de toda a fabricação
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