BI325 - O Instalador

36 DOSSIER FORMAÇÃO AVAC mento e contexto enquanto cliente; e tipo de exposição (equilíbrio do tipo de informação dentro de um espectro, podendo a exposição tender para algo mais técnico ou comercial). Já no que concerne ao ponto de vista temático, o sales director da LG Electronics Portugal, considera que, dado tratar-se de um ramo intimamente ligado à engenharia, pautando-se pela melhoria contínua e investimento em inovação, é sempre importante garantir que a informação se encontra atualizada, especialmente do ponto de vista das especificações do produto, e esclarecer como estes dados se enquadram dentro das normas/diretrizes europeias. DIFICULDADES DE QUEM ESTÁ NO TERRENO O contraponto do investimento necessário na formação dos investimentos, como aponta o country leader da Trane Portugal, é haver um investimento das empresas na formação dos técnicos e depois saírem das companhias. Algo reforçado pela SGT que afirma que as principais dificuldades por parte dos instaladores são a dificuldade na obtenção e contratação de mão de obra qualificada e a dificuldade em manter os quadros das empresas, retendo talentos. Bruno Costa acrescenta, de forma categórica:” a escassez de mão de obra qualificada e até mesmo não especializada”. O executivo da Daikin afirma ainda que, para tentar mitigar esta situação, que é transversal a toda a indústria, a Daikin está a promover um conjunto de iniciativas que têm como missão atrair talento para a área de AVAC. Entre as várias iniciativas destaque para a Academia Daikin e as parcerias com entidades como a ATEC, com quem a Daikin assinou um Protocolo de Parceria no âmbito do desenvolvimento de cursos de Aprendizagem e de Especialização Tecnológica na área da Refrigeração e da Climatização. Sobre a falta de recursos humanos Ricardo Fernandes esclarece que essa é uma realidade com que, de forma geral, todos os instaladores se deparam, e que os levam, muitas vezes, à contratação de pessoal menos qualificado. Em paralelo, é constantemente reportado a dificuldade de reter estes novos profissionais pois, após os dotarem com algumas qualificações, estes abandonam a empresa movendo- -se para outras do mesmo ramo, ou mesmo para criar empresas similares. Esta realidade está associada não só à elevada procura destes profissionais por outras empresas instaladoras, mas também pelo próprio mercado. Tudo isto tem, aponta o executivo da Vulcano, um forte impacto na formação, levando muitas empresas a uma desaposta na formação, ou em alternativa à alocação desses custos aos colaboradores. Situação, acrescenta, que levou a Vulcano, em 2019, a criar o Instituto de formação Vulcano (IFV), através do qual oferece um leque abrangente de formações necessárias às diferentes realidades dos profissionais. “O IFV, aberto a todos os profissionais, oferece não só diferentes soluções de percursos profissionais como também soluções individuais, com temáticas comportamentais, técnicas e legais, de acordo com a tecnologia ou sistemas em causa”, afirma. Vítor Ferreira, por seu lado, aponta dois outros desafios. Para o executivo da LG Electronics Portugal as dificuldades dos instaladores prendem-se, sobretudo, com o tipo de formação e de informação que está a ser transmitida no momento. “Desta forma, estas acabam por ser diversificadas e associadas ao contexto das formações”, refere, acrescentando que, de um modo geral, verifica-se que as questões mais prementes tendem a estar associadas à vertente elétrica e ao controlo dos equipamentos. n

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