BI324 - O Instalador

67 DOSSIER RENOVÁVEIS EÓLICA A energia eólica: mudam-se os ventos, reforçam-se as vontades De acordo com a Wind Europe, o setor eólico criou entre 240.000 e 300.000 postos de trabalho na União Europeia em 2020, dos quais cerca de 62.000 se encontram na indústria eólica marítima. A concretização destas metas permitirá um crescimento sustentável da economia nacional, com a criação de empregos mais qualificados, acelerar a transição energética, aumentar a segurança de abastecimento energético, contribuir para a independência energética nacional, tornando-nos mais resilientes enquanto país. Nelson Luís 1 e Madalena Coelho da Rocha 2 Future Energy Leaders Portugal/Associação Portuguesa de Energia Desde o tempo das Grandes Descobertas, Portugal soube dominar os ventos e tirar partido da energia eólica. Em 1986, foi construído o primeiro parque eólico em Portugal, com vista à produção de energia elétrica através do vento, na ilha de Porto Santo, na Madeira. Cerca de dez anos mais tarde, foi construído o primeiro parque eólico em Portugal Continental. E, desde então, a capacidade instalada não parou de aumentar. Nos anos 2000, o primeiro grande empurrão às renováveis (na altura, além da hídrica, mais convencional, destacava-se a eletricidade de origem eólica) foi dado com a publicação do Programa E4 (Eficiência Energética e Energias Endógenas, publicado em 2001) e com a abertura de candidaturas a pontos de ligação à rede elétrica no ano seguinte. Posteriormente, foram lançados procedimentos concorrenciais para atribuição de capacidade de injeção de potência na rede elétrica de serviço público (“RESP”), bem como os pontos de receção associados, o que permitiu um crescimento acentuado da potência instalada em Portugal. Nos seus primórdios, a tecnologia eólica necessitava de subsídios públicos (regime feed-in tariff) para ser “bancável”. Com a crise financeira Fig. 1: Evolução da Potência Eólica Instalada em Portugal.

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