37 DOSSIER BOMBAS DE CALOR de CO2 na União Europeia (UE). Mas mais do que (apenas) estes números, há ainda que ter em conta que “praticamente 50% do consumo de energia final da União Europeia é utilizado para aquecimento e arrefecimento, dos quais 80% são utilizados em edifícios, o potencial de descarbonização deste setor é enorme”. Na mesma linha David Madeira lembra que “se quisermos atingir os objetivos da UE para 2030 e 2050, temos de apostar em sistemas considerados renováveis, como as bombas de calor aerotérmicas. Estes equipamentos são essenciais para impulsionar a sustentabilidade dos edifícios e cumprir as novas diretivas europeias sobre emissões, além de aumentar a poupança para o consumidor”. É precisamente no setor doméstico que a SGT considera que as bombas de calor irão fazer a diferença. “são uma solução eficiente e sustentável para o aquecimento e arrefecimento de edifícios, pois utilizam energia elétrica em vez de combustíveis fósseis, contribuindo significativamente para a descarbonização”, refere a empresa, que acrescenta que, no caso de vivendas em que existe maior possibilidade de os utilizadores produzirem a sua própria energia elétrica, o efeito de descarbonização é ainda mais acentuado. CONSEQUÊNCIAS A questão da descarbonização é mais do que apenas uma decisão política, imposta pela Comissão Europeia. Como refere Pedro Fernandes, antes da publicação do Relatório Especial do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) em outubro de 2018, acreditava-se que 2°C seria o ponto crítico (limiar crítico em que o clima muda de estado estável para outro) do aumento na temperatura média da Terra. Aprendemos desde então, que agora o ponto crítico é de 1,5°C. Se este limiar for ultrapassado, a sociedade enfrentará consequências devastadoras. Estas incluem a perda de ecossistemas e espécies inteiras, o degelo dos glaciares, o aumento do nível do mar, as ondas intensas de calor e as secas. Face a tudo isto o executivo da Trane acredita que é fundamental procurar soluções que levem à redução da emissão e consumo de combustíveis fósseis. “As emissões acumuladas de CO2 e o aumento médio da temperatura da Terra estão diretamente relacionados com a produção e o consumo de combustíveis fósseis. A consequência é o aquecimento global sem precedentes”. A resposta passa então pela descarbonização, que assume um papel prioritário, “no qual a TRANE tem concentrado esforços para desenvolver soluções sustentáveis, mais eficientes e capazes de reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, como o metano e o dióxido de carbono, cuja concentração na atmosfera é sobretudo resultado da queima de combustíveis fósseis, de práticas agrícolas insustentáveis e da desflorestação”. Pedro Fernandes esclarece ainda que, “considerando que hoje a maioria das indústrias europeias utiliza caldeiras de combustível fóssil (gás/gasóleo) para aquecimento, na TRANE estamos comprometidos em utilizar recursos renováveis disponíveis na natureza como parte da nossa contribuição para mitigar as mudanças climáticas e reduzir a pegada de carbono, desenvolvendo soluções mais eficientes e amigas do ambiente e colaborando para se atingir as metas definidas pela União Europeia no caminho para a neutralidade carbónica até 2050”. BOMBAS DE CALOR: A MELHOR ALTERNATIVA? Quando falamos em descarbonizar e em eficiência energética dos edifícios as bombas de calor são a melhor alternativa? Na opinião de David Madeira são a alternativa a considerar em qualquer projeto de climatização residencial, comercial ou industrial. Porquê? O executivo da Eurofred Portugal explica que a sua tecnologia avançada aumenta a eficiência dos edifícios, oferecendo o máximo desempenho com o mínimo impacto no ambiente. Gera menos emissões de CO2 - um quarto das emissões de CO2 dos sistemas elétricos, cerca de 60% menos do que os sistemas a óleo e cerca de 40% menos do que os sistemas a gás - e requer um consumo mínimo de ener-
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