36 DOSSIER BOMBAS DE CALOR Bombas de calor: vitais na descarbonização À medida que a sociedade avança para uma economia mais verde e as metas definidas pela Comissão Europeia no que concerne à eficiência energética dos edifícios, a atenção vira-se, cada vez mais, para as bombas de calor. O Instalador conversou com alguns players do mercado para saber as vantagens da utilização destes equipamentos, mas, também, perceber quais os desafios que os mesmos acarretam para os fabricantes. Descarbonização da economia. Um tema cada vez mais “quente”. Porque envolve muitas coisas e porque sabe-se que há setores que terão mais dificuldades nesse processo. No que concerne às bombas de calor a noção generalizada é a de que estes equipamentos desempenharão um papel importante. Como aponta Pedro Soares, diretor da Thermosite, o papel das bombas de calor é vital na descarbonização. O executivo afirma mesmo que “analisando as performances, verificamos que este sistema de aquecimento de águas quentes sanitárias (AQS) é dos mais eficientes atualmente. Qualquer equipamento mais antigo, como os acumuladores elétricos, ou os esquentadores, ou as caldeiras, que seja substituído por uma bomba de calor, permite uma redução fortemente quantificável no consumo energético, logo uma menor peugada energética, e um passo na descarbonização”. Na mesma linha Pedro Fernandes, senior sales enginner na Trane Portugal, considera que a utilização de bombas de calor é uma estratégia emergente para a descarbonização. “A descarbonização está a ganhar força em vários setores, bem como na tomada de decisões dos consumidores e investidores. As bombas de calor oferecem aos gestores de edifícios soluções sustentáveis, mais económicas e alternativas muito vantajosas às tradicionais caldeiras a gás ou a gasóleo”, aponta. David Madeira, sales director da Eurofred Portugal, por seu lado, refere a importância das bombas de calor baseadas na energia aerotérmica. Para o executivo estas são capazes de gerar aquecimento no inverno, arrefecimento no verão e água quente sanitária durante todo o ano, o que as torna numa solução integral para as necessidades de climatização e AQS com um consumo mínimo de energia e uma redução muito significativa das emissões de gases com efeito de estufa. Na verdade, e como explica o executivo da Trane, o parque imobiliário europeu é, atualmente, responsável por cerca de 36% de todas as emissões Alexandra Costa
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