ENTREVISTA 46 R32, nomeadamente lançando uma bomba de calor de alta temperatura e uma bomba de calor nova até 400 kW. Além da eficiência das máquinas, o facto de produzirmos as nossas baterias internamente permite-nos ter prazos de entrega na ordem das cinco semanas, o que tem sido muito valorizado pelos nossos clientes, além das performances da máquina. Na refrigeração continuámos a ampliação da nossa gama de evaporadores industriais a CO2, e também a expansão da nossa gama de Gas Coolers e Dry Coolers. A eficiência energética é cada vez mais uma das preocupações dos fabricantes. Como a têm incorporado nas soluções e que importância representa nas prioridades ambientais da Lennox? Obviamente, quando estamos a fazer desenvolvimento de produto a preocupação da Lennox é não só a eficiência energética, mas também a pegada ambiental gerada pelos nossos equipamentos. Do ponto de vista de soluções, temos adotado os fluídos frigorigéneos eficientes e sustentáveis, como R32 e CO2, além de incorporarmos soluções de modulação de equipamentos e componentes com a mais alta eficiência, como válvulas de expansão eletrónicas, ventiladores EC, controladores de última geração, filtros com baixa perda de carga, melhorias de software, entre outros. De que forma a descarbonização está a influenciar o desenvolvimento e produção de produtos? Este é um ponto central. Em primeiro lugar a Lennox faz parte do sistema de certificação Sustentável ECOVADIS, tendo atingido, este ano, a classificação GOLD, que avalia não só os produtos que produzimos, mas a empresa como um todo. Além disso, os nossos novos lançamentos, irão ter, paulatinamente declarações de carbono embebido, sendo mais uma vez a Lennox muito transparente na nossa relação com o mercado. Além disso, a escolha do R32, como fluído frigorigéneo de eleição na nossa gama de equipamentos com compressores scroll no setor AVAC, permite aos nossos clientes tranquilidade face às perspetivas de revisão quer da F-gas, quer da PFAS. Sendo o R32 um fluído de um simples componente, em caso de fuga, permite que se acrescente somente a carga de gás em falta em vez de ter que se fazer uma carga completa. Além disso, a relação KW/ Kg de fluído e significativamente menor, quando comparado com outras alternativas. Por último, é uma patente aberta, o que se nota nos preços de mercado, que é mais barato que as alternativas patenteadas. Relativamente à refrigeração o CO2 oferece também todas as vantagens atrás descritas, a que se deverá ainda adicionar o facto de ser um fluído natural, A1. O Lennox Services é um serviço amplo e integrado da marca, centrado na poupança e eficiência, acompanhado de equipas especializadas e técnicas. Que importância tem tido esta oferta? O Lennox Services, representa um conjunto de serviços disponibilizados pelo nosso departamento pós-venda que vão desde o arranque e comissionamento, aos check-ups pontuais, manutenção preventiva e curativa até à monitorização remota dos nossos equipamentos. Estes serviços têm crescido ao longo dos anos e são mais uma forma de mantermos a proximidade dos nossos clientes, para além de contribuirmos para uma otimização da utilização dos equipamentos. Esta oferta tem sido adaptada em função dos desafios que os clientes nos têm lançado e tem sido uma área de negócio que tem crescido de forma sustentada. Como encara o atual mercado AVAC em Portugal? Que constrangimentos e desafios considera termos em cima da mesa? Eu encaro o mercado de forma otimista, não ignorando o contexto que vivemos neste momento. Os desafios que se têm apresentado de fornecermos equipamentos e serviços cada vez mais eficientes são para nós uma motivação e, em muitos aspetos do mercado de AVAC, Portugal tem sido dos países pioneiros, quer nas práticas quer na regulamentação. Por outro lado, há uma escassez de técnicos que tem sido transversal e que muitas vezes poder ser um constrangimento ao crescimento do setor. É comum ouvirmos que há trabalho, mas há falta de gente para o executar. As metas da Comissão Europeia, no que concerne à eficiência energética dos edifícios está (ou pode levar) a aumentar a venda de equipamentos de climatização? Estas metas vão seguramente ajudar, mas depende como forem aplicadas. No caso de construções novas, obviamente serão equipamentos mais eficientes, mas a grande oportunidade será nos edifícios existentes e os mecanismos de apoio que há no momento deverão ser explorados e até complementados para se fomentar a troca de equipamentos antigos por recentes com muito mais eficiência. Outro dos contributos relevante para o aumento da venda de equipamentos, tem sido também substituição de equipamentos de queima de combustível por alternativas elétricas, sejam bombas de calor ou outros sistemas. n Há uma escassez de técnicos que tem sido transversal e que pode ser um constrangimento ao crescimento do setor
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