TÉCNICA 91 e informação disponibilizada pelo fabricante quer quanto ao modo de manuseamento, acondicionamento, transporte e movimentação para a frente de obra. V. A Instalação elétrica, compreendendo a execução da rede de cabos subterrânea do próprio parque, como a iluminação e outras alimentações necessárias de energia, a cablagem do sistema a que os módulos são ligados, os postos de transformação, os postos de seccionamento equipados com: transformador de serviços auxiliares (TSA), celas MT, as uninterruptible power supplies (UPS), os servidores, e outros, bem como os inversores fotovoltaicos, cuja variedade e disponibilidade no mercado é vasta e variada, porém podem caracterizar- -se com base em três importantes fatores: potência, design relacionado com a corrente contínua, e topologia do circuito; VI. A Segurança contra incêndios, compreendendo as acessibilidades, as redes os reservatórios ou pontos de rede pública de ligação e os diferentes equipamentos para mitigar o risco de incendio segundo o projeto especifico, no qual se fará o enquadramento segundo a categoria de risco e adotadas as medidas de autoproteção para resposta a emergências; VII. Casa de Controlo (Posto de Comando) – Edificação que serve de ponto de gestão de toda a instalação; VIII. As acessibilidades definitivas, ligações às redes de serviço, vedações, sinalização e arranjo paisagístico (se aplicável). IX. Execução de medidas de minimização de impactes ambientais; X. Os Projetos Complementares do Parque ou central fotovoltaica, que compreendem a linha elétrica de ligação à rede elétrica do Sistema Elétrico do Serviço Público, a qual terá o seu início no Posto de Interligação/Seccionamento da Central Fotovoltaica. TRABALHOS EM COATIVIDADE Como de depreende do conjunto de componentes de um parque fotovoltaico, é fácil concluir uma elevada probabilidade de haver adjudicações autónomas ou de subcontratação com várias diversas empresas para trabalhar em simultâneo no mesmo projeto, isto é, em coatividade. De tão complexas são as relações numa obra que por vezes surgirá a questão: Quando há coatividade? A coatividade existe quando duas empresas trabalham no mesmo local, podendo as intervenções destas empresas podem ser simultâneas ou sucessivas. Naturalmente que sendo apenas uma cadeia de subcontratação (Entidade Executante e seus Subcontratados), a coatividade, será mais fácil de gerir, uma vez entidade subcontratante terá a obrigatoriedade de construir um plano de trabalhos onde pondera e detalha essas interdependências, que será integrado no Plano de trabalhos da entidade com quem tem contrato. Essa gestão assume maior complexidade quando conjuga a intervenção de diversos “players” com contrato direto com o Dono de Obra, ou seja, o titular do projeto. A coatividade ou coabitação simultânea num projeto de construção onde várias entidades diferentes intervêm aumenta e potencia o risco de acidentes, até porque ocorrerá certamente cruzamento de decisões organizacionais e execução interferentes umas nas outras que multiplicarão os riscos que muitas vezes advêm do fato de cada um trabalhar em função do seu próprio objetivo (contrato), sem necessariamente se preocupar com os outros. A construção de um planeamento, que congregue os diversos planos de trabalho dessas entidades capaz de avaliar os caminhos, construir um referencial de interdependências temporais e condicionantes para a matriz de riscos que o Dono de Obra deve gerir, já que é o detentor da relação contratual com as entidades executantes. Também a presença de equipamentos de construção aumenta ainda mais os riscos ocupacionais. Esses riscos podem ser de natureza diversa e mais ou menos importantes dependendo do número de pessoas no local e das profissões envolvidas, por exemplo: I. Risco de colisão - Quando muitos trabalhadores, máquinas e equipamentos circulam e operam no mesmo local. II. Risco de esmagamento – Existe quando se levantam ou simplesmente manuseiam cargas pesadas com utilizam equipamentos de construção, daí a necessidade das operações serem clara e suficientemente comunicadas, por exemplo, a outros trabalhadores que nada têm a ver com essas operações. III. Riscos de tombamento – Quando ocorre uma movimentação ou transporte em que a carga mal acomodada e equilibrada pode provocar o tombo do conjunto (equipamento e carga) ou a queda de materiais. IV. Riscos de quedas – Este é um risco muito comum quando por exemplo em trabalhos em altura a coatividade das tarefas de cada um não é controlada. Um elemento mal fixado, ferramentas deixadas no chão na passagem, iluminação insuficiente, uma superfície escorregadia por falta de limpeza, são fatores que podem levar a uma queda.
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