BI321 - O Instalador

40 DOSSIER FRIO INDUSTRIAL | REFRIGERAÇÃO • Regresso da água em banco de gelo, ou em “salmouras” tradicionais, ou misturas - ditas “glicoladas” - para baixa temperatura; • Destes novos fluidos secundários para escoamento monofásico avaliação cuidadosa da sua aplicabilidade nas gamas de congelados e na descongelação híbrida em detrimento da elétrica ou por gás quente; • Reavaliação dos processos de análise de risco das instalações frigoríficas. Retomar de tecnologias normalmente associadas ao frio industrial (sobretudo amoníaco) na área do frio comercial e semi-industrial (R744, HC entre outros): • Sistemas de cascata ou sistema de “booster” externo; • Descongelação por gás quente ou, em alternativa, híbrido com fluidos secundários aquecidos na descarga dos compressores a baixa temperatura; • Evaporadores com sistemas de funcionamento “por bombagem com baixas taxas de recirculação” vs sistemas de expansão direta; • Compressores paralelos; • Injetores; • “Desuperheater” para proteção de permutadores de calor contra choques térmicos, para racionalização do consumo de energia ou mesmo para recuperação de energia; • Coexistência de vários refrigerantes no mesmo sistema frigorífico (R717/ R718/R744 ou R290/R1270/fluido secundário escoamento monofásico (vulgo Glycol) e hidrogénio! PERGUNTAS QUE SE IMPÕEM Será que as nossas associações vão poder receber apoio para não deixar morrer o conhecimento e a capacidade de produzir equipamentos com as novas tecnologias em Portugal, ganhando músculo financeiro para promover formação atualizada? Será que a iniciativa privada, que constitui o tecido produtivo do país, poderá continuar a suportar e a alimentar instituições estatais vazias de conteúdo e utilidade, mesmo assim apoiadas nas associações representativas do tecido empresarial? Será que a UE não será capaz de controlar verdadeiramente os produtos importados para este espaço económico, abundante em legislação, que obriga os agentes dos Estados Membros a respeitar, mas “cego” ao que vem de outras geografias? NOTAS FINAIS PARA REFLEXÃO O individualismo e a superficialidade dos conhecimentos, resultado do fácil acesso à informação e às fontes de saber de origem duvidosa, a necessidade de alguns em atribuir culpas a terceiros para aliviar responsabilidades, estão presentes no dia a dia de quem trabalha, e também na refrigeração. As boas práticas de formação, sustentadas por uma colaboração efetiva com a indústria e avaliadas em função dos resultados práticos, devem ser ponderadas pelo Estado. Neste contexto, o Estado tem que diferenciar pela positiva as instituições que de facto produzem trabalho útil para o tecido empresarial e apoiar anímica e economicamente as associações que apostam no apoio técnico e de formação dos seus associados. Finalmente, o Estado e as entidades que dele dependem têm que em primeiro lugar vestir a camisola nacional, depois a da UE e só depois a da globalização. Aprenda-se com Espanha, França e Alemanha, entre outros, países nos quais os concursos com dimensão internacional são repartidos em concursos mais pequenos, mas complementares, por forma a ajudar os empresários e indústria nacional a ter condições de concorrer, sem se limitar a fornecer aos consórcios internacionais mão de obra barata, com qualidade e conhecimento, empobrecendo o país, as suas instituições, as suas empresas os seus técnicos. n O Estado tem que diferenciar pela positiva as Instituições que de facto produzem trabalho útil para o tecido empresarial e apoiar anímica e economicamente as Associações que apostam no apoio técnico e de formação dos seus Associados

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