BI321 - O Instalador

20 AVAC Desafios e abordagens para uma gestão de energia eficiente e sustentável em grandes instalações A sociedade enfrenta atualmente duas grandes crises que transformaram completamente o nosso mundo – a energética e a climática. Uma vez que afetam todos os setores, a gestão e a manutenção de grandes instalações não são exceção. Para serem sustentáveis e resilientes na situação atual, os grandes edifícios também devem tornar-se mais eficientes – mas como? A resposta é muito simples: assumindo o controlo do seu consumo através de tecnologias e soluções digitais que já estão disponíveis. Cristina Ilco, Digital Power Offer Manager, Schneider Portugal As novas tecnologias estão a ajudar os gestores e proprietários de edifícios a conseguir mais eficiência, assegurando simultaneamente a conformidade com as diretrizes ambientais europeias que existem para orientar tudo o que fazemos. Em março, por exemplo, o Parlamento Europeu apoiou novas medidas para reduzir o consumo de energia e as emissões poluentes dos edifícios. Assim, a partir de 2028, todos os novos edifícios terão de ser net zero – um novo impulso para alcançar a neutralidade climática até 2050. COMO CONSEGUIR CUMPRIR ESTE OBJETIVO? Os edifícios e as infraestruturas não apenas devem centrar-se nas pessoas, mas também ser sustentáveis, resilientes e hipereficientes. Para tal, já não basta instalar dispositivos que recolham dados: estes últimos devem ser transformados em ações tangíveis. Para enfrentar todos estes desafios, tanto os proprietários como as equipas de manutenção das grandes instalações precisam de ter ao dispor todas as informações de que necessitam para gerir os seus ativos de forma eficiente; de ser capazes de monitorizar as condições operacionais para compreender como o ambiente se comporta e como afeta o equipamento; e ainda gerir eficazmente a manutenção da instalação. O último objetivo, sem dúvida, é conseguir saber onde, porquê e quando consumimos energia, e o que fazer para reduzir esse consumo. Não é possível melhorar o que desconhecemos, nem reduzir aquilo que não medimos. As grandes instalações devem, portanto, assumir o controlo do seu consumo de energia, o que implica digitalizá-la e poder explorar os seus dados. Graças a esta digitalização, o

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