BI321 - O Instalador

www.oinstalador.com 321OUTUBRO 2023 Preço €11 | Periodicidade - Mensal (10 edições/ano) A REVISTA DO SETOR DAS INSTALAÇÕES EM PORTUGAL Lisboa: 214 146 200 | Porto: 226 069 764 | comercial.pt@trane.com 180 a 400 kW Aquecimento até 80ºC Baixo Impacto Ambiental Desempenho Comprovado Possibilidade de Instalação Modular Compressor Parafuso de Fiabilidade Lendária Bomba de Calor de Alta Temperatura

› Compressores R32 otimizados para funcionamento em modo bomba de calor › Eficiências sazonais SEER e SCOP mais elevadas do segmento › Conectividade com monitorização remota Daikin On Site › Novos opcionais (Ex: Free Cooling, Recuperação parcial/ total Calor, ...) › Produção de água quente até 60ºC › Temperatura ambiente até -15ºC › 2 níveis de eficiência energética › 3 níveis de configuração do ruído A Daikin é a primeira empresa a apresentar uma gama tão extensa de unidades para arrefecimento e bombas de calor ar/água, com compressores scroll R-32, desde 4 a 1220kW A inovação continua com Chillers e Bombas de calor a R-32 EWA(Y)A-D Três séries nas versões só frio e Bomba de calor ar/água a R-32 DAIKIN SCROLL R-32 - CAPACIDADE DE ARREFECIMENTO [kW] 0 50 100 250 500 750 1000 1250 EWA(Y)-CZ Saiba mais em www.daikin.pt EWAT-B/C EWYT-B

6 SUMÁRIO Edição, Redação e Propriedade INDUGLOBAL, UNIPESSOAL, LDA. Avenida Defensores de Chaves, 15, 3.º F 1000-109 Lisboa (Portugal) Telefone +351 215 935 154 E-mail: geral@interempresas.net NIF PT503623768 Gerente Aleix Torné Detentora do capital da empresa Nova Àgora Grup, S.L. (100%) Diretora Alexandra Costa Equipa Editorial Alexandra Costa, Gabriela Costa, Paqui Sáez redacao_oinstalador@interempresas.net www.oinstalador.com Preço de cada exemplar 11 € (IVA incl.) Assinatura anual 110 € (IVA incl.) Registo da Editora 219962 Registo na ERC 119963 Déposito Legal 10480/96 Distribuição total +8.300 envios. Distribuição digital a +7.200 profissionais. Tiragem +1.100 cópias em papel Edição Número 321 – Outubro de 2023 Estatuto Editorial disponível em https://www.oinstalador.com/ EstatutoEditorial.asp Impressão e acabamento Gráficas Andalusí, S.L. Camino Nuevo de Peligros, s/n - Pol. Zárate 18210 Peligros - Granada (Espanha) www.graficasandalusi.com Media Partners: Membro Ativo: Os trabalhos assinados são da exclusiva responsabilidade dos seus autores. É proibida a reprodução total ou parcial dos conteúdos editoriais desta revista sem a prévia autorização do editor. A redação de O Instalador adotou as regras do Novo Acordo Ortográfico. Smart home and building solutions. Global. Secure. Connected. A EFICIÊNCIA TEM CLASSE C M Y CM MY CY CMY K EDITORIAL 8 ATUALIDADE 8 Luso Trade com catálogo completo de soluções de isolamento 12 O ciclo de vida dos equipamentos elétricos e eletrónicos 14 Academia Rolear: 10 anos a construir conhecimento 16 Soluções da OBO Bettermann que melhoram a velocidade da instalação elétrica 18 Desafios e abordagens para uma gestão de energia eficiente e sustentável em grandes instalações 20 Trane na vanguarda da descarbonização. Bombas de calor - o futuro do aquecimento é elétrico 24 Monobloco Eco-thermal Giatsu, a aerotérmica que te entende 28 Barceló Conil Playa escolhe a mais recente tecnologia para AQS e ar condicionado da Mitsubishi Heavy Industries 30 Panasonic apresenta a mais recente geração de bombas de calor Aquarea K 34 Resideo apresenta a Resideo Academy 36 APIRAC e o futuro da refrigeração: agora! 38 Incertezas no regulamento F-gas 42 Os efeitos dos harmónicos e como prevenir falhas em dispositivos 44 Entrevista com Tiago Trindade, diretor-geral da Luso Trade 46 Somos um país líder na transição energética para a mobilidade elétrica 49 Eletrificação dos transportes pesados 52 Mobilidade elétrica – Enquadramento internacional e boas práticas 54 Soluções integradas para eficiência energética e mobilidade elétrica 60 ChargeGuru procura ampliar a sua rede de instaladores de carregadores para veículos elétricos 64 Mineração em profundidade 66 Otimização da eficiência energética nos edifícios: a importância dos sistemas de climatização e energia renovável 70 Uma prioridade para um futuro sustentável 74 Painel solar híbrido de última geração. Uma solução premium, rentável e no rumo da descarbonização 75 Eficiência energética – a maior fonte de energia renovável do país 76 Programa de apoio a edifícios mais sustentáveis 2023 78 Rolear | projeto referência: autoconsumo fotovoltaico em comércio de automóveis 80 Não subestimar o risco do perigo oculto [12] – Solar Renovável 81

8 11ª Conferência Passivhaus discute desafios da construção A 11ª Conferência Passivhaus Portugal realiza-se a 24 e 25 de outubro, no Centro de Congressos de Aveiro. E promete dar todas as respostas a quem quer conhecer ou atualizar-se sobre PASSIVE HOUSE e NZEB. O primeiro dia da Conferência Passivhaus será dedicado a projetos e soluções construtivas, de forma muito prática e objetiva. Serão quatro salas com workshops em simultâneo: uma dedicada exclusivamente à apresentação de projetos Passive House e outras três com workshops por áreas temáticas que abordarão as soluções para cada desafio da construção Passive House. O segundo dia terá a decorrer a Conferência no espaço do grande auditório. Trazer o mundo real e o debate ao universo Passive House é o objetivo deste momento que conta com nomes internacionais no programa. O evento conta com a participação de donos de obra, entidades municipais, projetistas e instaladores. Representados estarão edifícios com as mais variadas funções que já estão a ser construídos em Portugal: edifícios municipais, hotéis, escritórios e habitação. Para além dos workshops, será possível visitar a exposição dos mais de quarenta parceiros Passive House presentes com soluções práticas de projetos e obras. O evento é gratuito, mas com inscrição obrigatória. EDITORIAL O ano aproxima-se do fim. Faltam apenas três meses para 2024. E com os dias a ficarem mais frios é altura de (mais uma vez) falar da eficiência energética dos edifícios. Sendo que Portugal tem um elevado nível de pobreza energética dos mesmos. É aqui que entram os sistemas de climatização. Quando combinados com a energia renovável, assumem um papel importante não só na eficiência energética dos edifícios como da descarbonização, um dos pilares da estratégia definida pela Comissão Europeia. Uma boa solução, com equipamentos eficientes, não só consegue diminuir o consumo de energia como ajuda a mitigar os impactos das mudanças climáticas. Mas há um fator a ter em conta. A eficiência energética tem de ser considerada em todo o ciclo de vida dos edifícios. Desde a sua construção, passando pela sua vivência e manutenção até, inclusive, a sua destruição. Só assumindo esta visão é efetivamente possível determinar o seu consumo e pegada ecológica e, com isso, definir estratégias e soluções para mitigar esses valores. Empresas como a Luso Trade – a entrevista desta edição – têm um papel muito importante a desempenhar neste caminho para o futuro. A conversa com Tiago Trindade trouxe ao de cima a importância de, também, olhar para o isolamento térmico como uma forma de reduzir o consumo energético dos edifícios. Infelizmente, alerta o executivo, Portugal ainda está muito atrasado na utilização deste tipo de material. A par da eficiência energética dos edifícios, na edição de outubro d’O Instalador pode também encontrar um dossier sobre mobilidade elétrica. E se este é um tema relativamente pacífico no caso dos veículos ligeiros de passageiros – sim, ainda há vários desafios a ultrapassar, mas é um cenário estabelecido – no caso dos transportes pesados a situação não é tão clara. Principalmente no caso dos pesados de médio e longo curso. Aqui os desafios a vencer são muito superiores e, nalguns casos, há mesmo dúvidas sobre se a mobilidade elétrica é a melhor solução (a curto/médio prazo). O certo é que para que a mobilidade elétrica seja efetivamente disseminada pelo mercado nacional (e europeu) é necessário investimento em pontos como a estrutura de postos de abastecimento, mas, também, um fortalecimento da estrutura de produção e distribuição de energia. Um truque? Olhar para o que outros países já fizeram e aproveitar os bons exemplos. Frio apela ao aumento da eficiência energética dos edifícios

10 ATUALIDADE MAIS NOTÍCIAS DO SETOR EM: WWW.OINSTALADOR.COM • SUBSCREVA A NOSSA NEWSLETTER 23ª Jornadas de Climatização já têm programa definido Evento, organizado pela Ordem dos Engenheiros, decorre no dia 19 de outubro, em Lisboa. Já começou a contagem decrescente para as 23ª Jornadas de Climatização que, este ano, têm como tema “Projetar, construir e manter edifícios para a excelência de operação”. O evento, organizado pela Ordem dos Engenheiros (OE), está agendado para o dia 19 de outubro, no Auditório da Ordem dos Engenheiros, em Lisboa. O programa das Jornadas foi agora divulgado e contempla sessões dedicadas à apresentação do livro da Ashrae, mas, também, à Arquitetura Engenharia e Construção – a transformação digital necessária (BIM). Haverá ainda a apresentação de casos práticos e de estudo e uma apresentação dedicada à Manutenção 5.0 – digitalização dos sistemas técnicos. Na parte da tarde os palestrantes podem ainda contar com uma sessão onde será apresentado o Benchmarking energético – um referencial para excelência na operação. O encerramento estará a cargo do vice-presidente Nacional da Ordem dos Engenheiros, Jorge Liça. As inscrições abrem em breve e serão realizadas através do site da OE: https://www.ordemengenheiros.pt/pt/ ADENE participa do “SMARTER4EU – Launching new Taxonomy-aligned Green Homes & Green Mortgages programs in the EU” Projeto teve início a 1 de junho e tem como objetivo promover a definição e operacionalização de programas de “hipotecas verdes”. A ADENE anunciou participar no que define como um projeto inovador que promove financiamento “verde”. Trata-se do projeto “SMARTER4EU – Launching new Taxonomy-aligned Green Homes & Green Mortgages programs in the EU” (Programas de financiamento verde alinhados com a nova taxonomia europeia), que teve início a 1 de junho de 2023. O projeto é financiado no âmbito do programa LIFE da Climate, Infrastructure and Environment Executive Agency (CINEA) da Comissão Europeia e tem como objetivo promover a definição e operacionalização de programas de “hipotecas verdes” (GHGM – green home and green mortages), ou seja, a consideração de critérios de sustentabilidade na avaliação de edifícios, estabelecendo a sua ligação com o setor financeiro e bancário, e apoiando também os grupos mais vulneráveis no acesso à habitação. O projeto SMARTER4EU é coordenado pelo Romania Green Building Council (RoGBC) e terá a duração de 24 meses. O SMARTER4EU procurará promover o investimento de mais de 100 mil milhões euros em projetos residenciais na Europa, que devem cumprir ou exceder os parâmetros da definição de “finanças verdes” da Taxonomia Europeia para atividades sustentáveis, bem como enquadrar os critérios do sistema europeu de avaliação LEVEL(s) e standards CEN, de modo a garantir um adequado nível de desempenho ambiental. A ADENE é um dos parceiros do projeto, sendo a entidade responsável pela implementação nacional desta iniciativa. Entre as suas tarefas destaca-se a adaptação ao contexto português dos materiais e ferramentas já desenvolvidas no âmbito do projeto SMARTER Finance for Families, bem como a sua apresentação aos stakeholders nacionais mais relevantes, nomeadamente entidades do setor financeiro que se queiram associar à iniciativa. Para mais informação consulte a seção de projetos em https://www.adene.pt/projetos e https://youtu.be/ouLNl-l_b6I.

¡Novidade! Grupo hidropressor monofásico instalado em armário metálico, com duas bombas de funcionamento silencioso, 2 variadores de velocidade geridos por um único painel de controlo com ecrã visível do exterior e todos os componentes em aço inox. Concebido para ser montado na parede, seja encastrado ou à superfície, o CABINET BOOSTER com 60 cm de largura por 1,2 m de altura e apenas 20 cm de profundidade, é um sistema muito mais compacto do que os hidropressores comuns e particularmente adequado para os exíguos espaços de instalação em edifícios existentes. CABINET BOOSTER Soluções EBARA para Hidropressores Compactos

12 PÁGINA DA NET www.lusotrade.pt Otimize a eficiência da sua instalação: Descubra as soluções de isolamento e condutas flexíveis da Luso Trade. No setor da construção e em projetos de instalações especiais, a qualidade dos materiais assume especial importância na eficiência e longevidade da instalação. Quando se trata de isolamento e condutas flexíveis, a escolha certa pode fazer toda a diferença em matérias como eficiência energética, atenuação acústica e desempenho dos sistemas mecânicos de climatização. Neste âmbito, a Luso Trade - empresa dedicada à comercialização de soluções técnicas para climatização e indústria - destaca-se como um parceiro de referência e especializado em soluções de elevada qualidade. No website da Luso Trade encontra uma diversificada gama de soluções de isolamento que incluem mantas de lã mineral e isolamento elastomérico em coquilha e prancha, bem como condutas flexíveis concebidas especificamente para atender às necessidades dos instaladores. Todos os seus produtos são certificados e satisfazem os mais altos padrões de qualidade exigidos pelos setores e indústrias, garantindo a segurança e máxima eficiência das instalações. n Conheça todo o portfólio da Luso Trade em www.lusotrade.pt

ISOLAMENTO TÉRMICO Múltiplas aplicações Qualidade e segurança atestada PARA INSTALAÇÕES TÉCNICAS ISO 9001 ISO 27001 ISO 14001 ISO 50001 OHSAS 18001 EN 14304 TS 14304 Distribuição por: geral@lusotrade.pt www.lusotrade.pt Versões, formatos e revestimentos para diversos tipos de aplicação; Baixa condutividade térmica e elevada resistência à difusão do vapor de água; Desempenho térmico elevado Resistente e duradouro Flexível e fácil de instalar Eco-Friendly Não suscetível a fissuração e perda de material; Resistente a raios ultravioleta e excelente reação ao fogo; Declaração EPD para certificação LEED, BREEAM e DNGB; Excelente qualidade com proteção antimicrobiana; Não compromete o ambiente e saúde humana; 244 613 839 (Chamada para a Rede Fixa Nacional)

14 EMPRESAS O ciclo de vida dos equipamentos elétricos e eletrónicos Quando um equipamento deixa de funcionar ou de ter utilidade, antes de ser encaminhado para a reciclagem, devem ser consideradas outras opções como a reparação e a reutilização. E-CYCLE Os Equipamentos Elétricos e Eletrónicos (EEE) são produtos caracterizados por uma mistura complexa de materiais e componentes que possuem elevado valor económico e grande potencial de incorporação em novos produtos. O ciclo de vida dos EEE assume um caráter cada vez mais circular, permitindo valorizar da melhor forma estes equipamentos quando chegam ao seu fim de vida e seguem para o processo de reciclagem. Naturalmente que, quando um equipamento deixa de funcionar ou deixa de ter utilidade, antes de ser encaminhado para a reciclagem, devem ser consideradas outras opções como a reparação e a reutilização. Para rentabilizar a reciclagem dos resíduos de EEE, tanto económica como ambientalmente, é necessário maximizar a identificação de mais e melhores oportunidades nas cadeias de valor, para aproveitamento dos materiais e componentes resultantes desse processo. A E-Cycle, enquanto entidade gestora do fluxo dos REEE, é responsável por proporcionar as condições técnicas e operacionais necessárias para concretizar a correta gestão destes resíduos em Portugal – recolha, transporte, armazenagem, triagem e tratamento, assegurando o cumprimento da legislação em vigor. Uma vez que todo este processo inicia com a recolha e transporte dos REEE, a E-Cycle disponibiliza às empresas de todo o país o serviço de recolha. Assim como possui uma alargada e em constante crescimento rede nacional de pontos de recolha especializados – weeepontos - disponíveis ao público em geral. Contacte-nos para geral@e-cycle.pt ou através do 220 503 226, e estará a contribuir para uma economia mais circular e, consequentemente, um planeta mais sustentável. n

16 EMPRESAS Academia Rolear: 10 anos a construir conhecimento Foi há 10 anos que o Grupo Rolear iniciou um projeto formativo que pretendia que fosse totalmente diferenciado e que se distinguisse pela qualidade. Desde 2013, a Academia Rolear é uma entidade formadora certificada pela DGERT, especialista na formação de profissionais em áreas técnicas e também de apoio à gestão. Destaca-se por apresentar uma oferta formativa composta por cursos concebidos com base naquilo que são as efetivas necessidades dos profissionais de cada área, com uma forte componente prática que assegure uma aprendizagem plena. Esta mais-valia é suportada pelo recurso a formadores que aliam os conhecimentos teóricos à experiência profissional prática e à capacidade de transmitir de forma interessante todo esse conhecimento. O Grupo Rolear, com todas as suas valências nas áreas técnicas, engloba o know-how fruto da experiência de mais de 40 anos de atuação no mercado. Face à escassez no mercado de formação técnica, prática e qualificada, foi mobilizado um conjunto de ativos para organizar ações formativas nas áreas de especialização da Rolear, como a eletricidade, climatização e energias renováveis. Para dar corpo à aposta na componente prática, nas instalações da Academia Rolear, em Faro, o espaço de oficina conta com uma capacidade única ao nível das instalações e equipamentos técnicos. Desde a refrigeração ao aquecimento, passando pela eletricidade, pela climatização, pela bombagem ou até pela domótica, nas instalações da Academia Rolear, os formandos encontram um centro formativo completo, capaz de proporcionar uma aprendizagem plena, aplicando na prática os conhecimentos obtidos em sala. Na Academia Rolear, a formação profissional foi sempre encarada como um instrumento potencialmente decisivo na melhoria da produtividade, do desempenho e das capacidades de pessoas e empresas. Assim, os cursos são concebidos para dar uma resposta A academia destaca-se por apresentar uma oferta formativa composta por cursos concebidos com base naquilo que são as efetivas necessidades dos profissionais de cada área, com uma forte componente prática que assegure uma aprendizagem plena. Rolear

17 EMPRESAS efetiva às necessidades concretas dos profissionais de cada área e que deveriam ter uma forte componente prática para assegurar uma aprendizagem efetiva. Os formadores têm em comum um perfil que passa pela capacidade de aliar os conhecimentos teóricos à experiência prática profissional e à capacidade para transmitir todo esse conhecimento. A limitação do número de formandos por ação é um garantes de qualidade das ações formativas, aliada à disponibilização das melhores marcas de equipamentos e ferramentas para a realização das atividades práticas. O resultado destes últimos 10 anos de investimento do Grupo Rolear na Formação profissional foi o desenvolvimento progressivo e sustentado da atividade da Academia Rolear, que levou à realização de 78 cursos, repartidos em 450 ações de formação que abrangeram mais de 4.000 pessoas, durante quase 11.000 horas, em áreas que vão desde a Eletricidade ao AVAC, passando pelas Energias Renováveis, Segurança e Saúde no Trabalho, Tecnologias de Informação ou Gestão. Tal permitiu, não só a disponibilização de uma oferta formativa regular em áreas técnicas especializadas, na região sul do país, como também o acesso à possibilidade de credenciação profissional por parte dos profissionais destas matérias. Em concreto aponta-se a formação de 13 pessoas como Técnico de Qualidade do Ar Interior, a formação de mais de 40 TIMs, cerca de 230 certificados para o Manuseamento de Gases Fluorados ou de 400 para Manobrador de Equipamentos / Condução de Empilhadores. Porém, mais do que a certificação, interessa aprendizagem, a transferência de conhecimentos e sobretudo a avaliação da qualidade por parte dos formandos. E nestes aspetos destaca-se que no global mais de 90% dos formandos da Academia Rolear apontam taxativamente os cursos como recomendados. Se há 10 anos o desafio foi a afirmação de forma diferenciada no mercado da Formação Profissional, com o foco na criação de valor efetivo para os formandos e clientes, neste momento, a Academia Rolear aponta a responsabilidade de continuar a corresponder às expectativas de quem já percebeu que a formação é o caminho para a evolução profissional. n CURSOS PARA QUEM PRECISA E PARA QUEM QUER APRENDER Se em muitos casos a formação é uma obrigação para cumprir com os requisitos legais associados a uma atividade profissional, atualmente na maioria dos casos a formação é também fundamental para acompanhar os constantes desenvolvimentos técnicos, tecnológicos e regulamentares. Por esta razão, a larga maioria dos cursos que constituem o nosso portefólio formativo são criados internamente com base naquilo que é o conhecimento acerca das lacunas, necessidades e tendências de formação nas várias áreas em que intervimos. Neste sentido, destacam-se os cursos de Eletricidade para Não-Eletricistas (41 edições), de Instalação de Ar Condicionado (25 edições), de Sistemas Fotovoltaicos | Autoconsumo (30 edições) ou de Sistemas Solares Térmicos (15 edições). GASES FLUORADOS Desde 2011 que o mercado de AVAC mudou por força da necessidade de certificação de todos os profissionais e empresas que efetuam atividade de instalação, manutenção, assistência técnica ou desmantelamento de equipamentos fixos de ar condicionado, refrigeração e bombas de calor. Se inicialmente a aplicação dessa legislação pouco se fez sentir na atividade diária dos profissionais da área, a verdade é que a partir de 2015 o mercado começou a sentir que para trabalhar regularmente, a certificação não era apenas uma obrigação, era uma necessidade. Neste sentido, a Academia teve um papel fundamental para a certificação dos profissionais e empresas, dado ter desde 2013 possibilitado a formação nesta área aos profissionais do sul do país – Algarve e Alentejo – o que permitiu a certificação de cerca de mais de duas centenas de técnicos. Paralelamente, o serviço de apoio à certificação de empresas da Academia Rolear proporcionou a certificação de mais de 60 empresas nos distritos de Faro, Beja, Évora e Braga.

18 EMPRESAS Soluções da OBO Bettermann que melhoram a velocidade da instalação elétrica Caixas de encastrar e caixas para paredes ocas. OBO Bettermann Nos dias de hoje, a economia de tempo e a simplificação do trabalho em obra são cada vez mais valorizados. As caixas de encastrar e para paredes ocas são sistemas de instalação de equipamentos e cabos que estabelecem novos padrões de qualidade, rapidez e funcionalidade durante a aplicação. CAIXAS DE ENCASTRAR As caixas de encastrar estão preparadas para qualquer requisito no local de instalação e destacam-se pelos seus detalhes inovadores que as tornam mais flexíveis, permitindo uma aplicação mais rápida e eficiente, nomeadamente: Uniões com fecho de baioneta – O fecho de baioneta é acoplável em ambos os lados e permite a máxima flexibilidade e uma instalação mais rápida: Basta um pequeno movimento de rotação para ligar as caixas de encastrar de forma extremamente estável. Entradas para cabos e tubos marcadas – As entradas para cabos e tubos das caixas de encastrar estão agora sinalizadas, poupando-se tempo no processo de seleção e decisão. Entradas de membrana em TPE – As caixas de encastrar herméticas diferenciam-se pelas suas entradas de membrana especiais em elastómero termoplástico (TPE). São fáceis de perfurar com cabos e tubos e dispensam a utilização de ferramentas adicionais. 4 x 3 cúpulas de parafusos – Incluem quatro cúpulas de parafusos com três aberturas que facilitam o alinhamento e fixação do equipamento com precisão. Esta tipologia de caixas é constituída por 80% de materiais reciclados de elevada qualidade, tornando-as mais sustentáveis e amigas do ambiente.

19 EMPRESAS CAIXAS PARA PAREDES OCAS Outra opção para a instalação de equipamentos e cabos são as caixas para paredes ocas. Devido aos seus detalhes inteligentes e novos padrões de qualidade, a velocidade de instalação em obra é otimizada proporcionando um tempo de montagem mais eficiente que nunca. A sua oferta é completada por uma gama de acessórios inteligentes e orientados para resultados fiáveis, e detalhes de produto bem pensados que asseguram que a instalação de cabos e tubos possa ser efetuada de forma ainda mais eficaz e segura, nomeadamente: Entradas para cabos e tubos marcadas - A marcação de entradas para cabos e tubos facilita a seleção e assegura que o apoio do cabo exigido pelas normas é garantido. União de ligação com maior volume - A união de ligação apresenta agora um volume 8% maior que os modelos tradicionais, facilitando a condução de fios de cabos de uma caixa para outra. 2x3 cúpulas de parafusos - As cúpulas de parafusos 2x3 permitem uma fixação precisa e flexibilidade máxima, garantindo uma compensação de tolerância. Entradas de membrana em TPE - As variantes herméticas possuem entradas de membrana em TPE, dispensando a utilização de ferramentas para auxiliar a entrada de cabos e tubos. Entradas para cabos com contorno de abertura - As entradas para cabos das caixas convencionais possuem um contorno de abertura para pontas de chaves de fendas, auxiliando a abertura das passagens de cabos. Elemento de fixação para placas finas - As caixas para paredes ocas incluem um elemento de fixação para placas finas, facilitando a aplicação em revestimentos com placas, podendo estas ser utilizadas em revestimentos com uma espessura >= 0,2mm. Tanto as caixas de encastrar como as caixas para paredes ocas estão disponíveis em diferentes versões e nas variantes convencional e hermética, representando verdadeiras vantagens de instalação: caixas de aparelhagem, caixas de derivação, caixas de eletrónica e caixas de aplique. Além disso, ambas as caixas asseguram uma composição com materiais 100% livres de halogéneo, o que reduz a produção de gases tóxicos e de corrosão, proporcionando uma maior segurança em caso de incêndio. n

20 AVAC Desafios e abordagens para uma gestão de energia eficiente e sustentável em grandes instalações A sociedade enfrenta atualmente duas grandes crises que transformaram completamente o nosso mundo – a energética e a climática. Uma vez que afetam todos os setores, a gestão e a manutenção de grandes instalações não são exceção. Para serem sustentáveis e resilientes na situação atual, os grandes edifícios também devem tornar-se mais eficientes – mas como? A resposta é muito simples: assumindo o controlo do seu consumo através de tecnologias e soluções digitais que já estão disponíveis. Cristina Ilco, Digital Power Offer Manager, Schneider Portugal As novas tecnologias estão a ajudar os gestores e proprietários de edifícios a conseguir mais eficiência, assegurando simultaneamente a conformidade com as diretrizes ambientais europeias que existem para orientar tudo o que fazemos. Em março, por exemplo, o Parlamento Europeu apoiou novas medidas para reduzir o consumo de energia e as emissões poluentes dos edifícios. Assim, a partir de 2028, todos os novos edifícios terão de ser net zero – um novo impulso para alcançar a neutralidade climática até 2050. COMO CONSEGUIR CUMPRIR ESTE OBJETIVO? Os edifícios e as infraestruturas não apenas devem centrar-se nas pessoas, mas também ser sustentáveis, resilientes e hipereficientes. Para tal, já não basta instalar dispositivos que recolham dados: estes últimos devem ser transformados em ações tangíveis. Para enfrentar todos estes desafios, tanto os proprietários como as equipas de manutenção das grandes instalações precisam de ter ao dispor todas as informações de que necessitam para gerir os seus ativos de forma eficiente; de ser capazes de monitorizar as condições operacionais para compreender como o ambiente se comporta e como afeta o equipamento; e ainda gerir eficazmente a manutenção da instalação. O último objetivo, sem dúvida, é conseguir saber onde, porquê e quando consumimos energia, e o que fazer para reduzir esse consumo. Não é possível melhorar o que desconhecemos, nem reduzir aquilo que não medimos. As grandes instalações devem, portanto, assumir o controlo do seu consumo de energia, o que implica digitalizá-la e poder explorar os seus dados. Graças a esta digitalização, o

21 AVAC invisível tornar-se-á visível, ajudando a tomar melhores decisões – centradas na redução do consumo, no aumento da eficiência energética e mesmo na deteção de potenciais riscos. Para que as grandes instalações sejam hipereficientes na sua gestão energética e também na sua manutenção, podemos atuar em três níveis principais: 1. Conceção das instalações Se uma instalação for sustentável desde o princípio do projeto e construção, através de ferramentas digitais, conseguirá uma poupança de 30% até 40% em termos de eficiência energética. Um exemplo é a construção com tecnologia BIM, uma metodologia fundamental ao longo do ciclo de vida dos projetos de construção. A implementação do BIM e de ferramentas associadas, como o ITWO da RIB, é a espinha dorsal da transformação digital das empresas de construção. Facilita a troca de informações entre as diferentes equipas e, por conseguinte, a sua colaboração, coordenação e planeamento de projetos, podendo trabalhar em qualquer momento e a partir de qualquer lugar. Também permite uma estimativa de custos mais precoce e, por sua vez, mais eficaz; e, para além disso, a utilização da tecnologia BIM pode reduzir os prémios de risco de concurso, os custos de seguro e ainda atenuar os riscos. 2. Integração de energias renováveis Nas grandes instalações, tanto novas como existentes, tendo em conta as suas capacidades, espaço disponível e consumos energéticos, é praticamente obrigatória a integração de energias renováveis no local – que podem ser fotovoltaicas ou de processos de utilização de biomassa, eólicas, etc., consoante os casos. As energias renováveis são fundamentais para avançar para a neutralidade carbónica, que é um dos principais objetivos ambientais atuais, especialmente na Europa. Em Portugal, graças aos apoios e devido à volatilidade dos preços, estamos num momento perfeito para investir em soluções deste tipo, como as microgrids, que são especialmente relevantes em grandes instalações. Um dos primeiros fatores a ter em conta é que, ao contrário do autoconsumo, uma microgrid tem inteligência e a capacidade de controlar todo

22 AVAC o sistema energético local. Vejamos o exemplo de um grande complexo de edifícios, como uma universidade ou um campus empresarial: dispor de uma microgrid permitiria gerir e otimizar de forma inteligente os seus recursos de armazenamento e produção de energia no local, bem como gerir as suas cargas flexíveis, tomando decisões sobre a energia e tornando-se um prosumer. A capacidade de controlo da microgrid garante a otimização dos custos energéticos e da fatura de eletricidade de um edifício em todos os momentos, maximizando a sustentabilidade ao ter em conta múltiplos parâmetros, como as necessidades da instalação, a previsão meteorológica e o preço da energia, entre outros. Encontramos um exemplo deste modelo na fábrica Puente La Reina da Schneider Electric, onde foi instalada uma microgrid como um serviço, em conjunto com a Acciona – e que foi uma das primeiras em Espanha, sendo a primeira numa fábrica espanhola. Inclui 852 kWp de energia fotovoltaica, cinco pontos de carregamento de veículos elétricos e 80 kWh de armazenamento de baterias, tudo controlado pelo software EcoStruxure EMA da Schneider Electric. Tudo isto permite obter a máxima autonomia energética para a fábrica e otimizar o consumo da rede, reduzindo assim os custos de energia e a pegada de carbono. MONITORIZAÇÃO CONSTANTE DA ENERGIA As grandes instalações são ecossistemas complexos. Uma vez em funcionamento, todos os sistemas que as compõem, incluindo a distribuição elétrica e os sistemas AVAC, devem ser suficientemente flexíveis para reagir a conjuntos complexos de condições e permitir a análise e o controlo das oportunidades de poupança e dos riscos. Este cálculo só pode ser feito se tivermos dados suficientes e níveis granulares de controlo, para podermos reequilibrar e otimizar continuamente as operações. Dispor de dados e análises é um fator de diferenciação importante para otimizar as operações, uma vez que permite abordar as causas das falhas mesmo antes de estas ocorrerem. A adoção de uma abordagem preditiva à gestão de edifícios vai mais longe: ao aceder a dados já analisados em tempo real, é possível identificar e evitar potenciais ameaças ao funcionamento contínuo do edifício, bem como custos de energia ou defeitos de manutenção. Tudo isto pode traduzir-se em potenciais poupanças. Naturalmente, os dados devem ser relevantes: informações em tempo real sobre parâmetros básicos, documentação técnica, documentação do fabricante com procedimentos específicos para os ativos, recomendações sobre o estado e a utilização dos dispositivos a manter, etc. É aqui que se torna fundamental um sistema de monitorização e controlo de energia, como o EcoStruxure Power, a plataforma IoT de distribuição de energia da Schneider Electric para baixa e média tensão, especificamente concebida para ajudar a maximizar o tempo de atividade e a eficiência operacional de instalações críticas e com um consumo intensivo de eletricidade. O objetivo deste tipo de sistemas é extrair informações valiosas sobre o estado do sistema de energia e a sua eficiência energética, acompanhar os indicadores de energia e a fiabilidade e aplicar análises avançadas da qualidade da energia. Um exemplo de uma grande instalação que maximiza a sua eficiência energética é o complexo empresarial IntenCity na cidade de Grenoble, no coração dos Alpes franceses. Este parque de escritórios inteligente de 26.000 metros quadrados, que também alberga escritórios da Schneider Electric, tem como objetivo consumir apenas 37 kWh/m2 por ano, quase dez vezes menos energia do que a média dos edifícios europeus. Os painéis solares no telhado, duas turbinas eólicas no local e as soluções tecnológicas inteligentes implementadas permitem que o complexo seja autónomo em termos energéticos, enquanto partilha e coordena a energia com a comunidade circundante através de um conjunto único de microgrids. Outro bom exemplo pode ser encontrado no Aspiria Campus, em Itália. O objetivo do projeto era transformar o campus num local mais confortável e energeticamente eficiente, reduzindo assim o consumo de energia e as emissões de CO2. A Schneider Electric trabalhou em estreita colaboração com a Aspiria para identificar os desafios energéticos e ambientais do campus e conceber soluções personalizadas para melhorar a eficiência energética e reduzir os custos de energia. As soluções implementadas incluíram a instalação de sensores de temperatura, humidade e luz em todo o campus, permitindo uma gestão mais eficiente dos sistemas AVAC e de iluminação. Foram também instalados painéis solares nos telhados dos edifícios para gerar energia renovável, bem como um sistema de gestão de energia. Os gestores do campus Aspiria são agora capazes de monitorizar e controlar a utilização de energia em tempo real, e a qualidade do ar interior foi melhorada, o que teve um impacto positivo na saúde e no bem-estar dos estudantes e dos colaboradores do campus. Em suma, no ambiente atual, os edifícios e as grandes instalações precisam mais do que nunca de ser inteligentes, conectados, resilientes e hipereficientes, tirando partido das novas ferramentas digitais que permitem tomar decisões informadas para melhorar o desempenho e garantir a fiabilidade ao longo de todo o seu ciclo de vida. n

Fácil de instalar e usar Notificação de alarme por e-mail Reduz o impacto em caso de paralisação Otimização do funcionamento e do consumo de energia Compatível com a maioria dos dispositivos, como tablets e PCs e-savvy SISTEMA INTELIGENTE DE GESTÃO DE EDIFÍCIOS Solução inovadora da Lennox para monitorização e gestão de sistemas de climatização. Permite a modificação de vários parâmetros, como configurações e horários de cada área, além de acompanhar as tendências de operação. Permite a criação de zonas e de vários horários para acompanhar de perto as necessidades dos seus clientes. Gestão Inteligente Sistema Interativo Ferramenta intuitiva Um sistema interativo, intuitivo e evolutivo, projetado para simplificar a sua vida. Descubra as soluções Lennox Visite o nosso site e descubra mais sobre os produtos Lennox www.lennoxemea.com Siga nossa pagina no Linkedin linkedin.com/company/lennoxhvac

24 AVAC Trane na vanguarda da descarbonização. Bombas de calor - o futuro do aquecimento é elétrico Em vez de usar combustíveis fósseis, como um queimador a gás para aquecer os seus edifícios, os proprietários estão a recorrer a equipamentos de AVAC eletrificados, tais como as bombas de calor. Trane A descarbonização é a redução ou eliminação das emissões de carbono. Para isso, muitos proprietários de edifícios estão a procurar descarbonizar as suas operações através da eletrificação do aquecimento. Em vez de usar combustíveis fósseis, como um queimador a gás para aquecer os seus edifícios, os proprietários estão a recorrer a equipamentos de AVAC eletrificados, tais como as bombas de calor. A eletrificação do aquecimento de um edifício não eliminará, por si só, as emissões ambientais totais. A visão por trás da eletrificação dos edifícios é impulsionada pelo objetivo de que as energias renováveis alimentem a maior parte da rede elétrica no futuro.

25 AVAC VISÃO GERAL DA TECNOLOGIA DE BOMBA DE CALOR As bombas de calor foram introduzidas pela primeira vez na década de 1950, mas estão a emergir como um facilitador fundamental para a eletrificação do aquecimento e têm potencial para transformar a indústria e os edifícios. As soluções de bombas de calor não geram calor. Em vez disso, movem o calor de áreas com excesso de calor para áreas que precisam de mais calor. Devido às leis da termodinâmica, é necessária menos energia para transferir calor do que para gerá-lo, o que resulta em economias significativas de energia e custos. As bombas de calor são uma solução prática e eficiente para a eletrificação do aquecimento e desempenham um papel importante agora e no futuro. Tecnicamente, uma bomba de calor é um sistema de refrigeração de ciclo de compressão mecânica que pode ser revertido para aquecer ou arrefecer um espaço controlado. Numa aplicação de edifício, uma unidade de refrigeração, como um chiller, bombeia calor de um estado de energia mais baixo para um estado de energia mais alto. Os chillers refrigerados a água também podem ser referidos como bombas de calor água-água e podem fornecer recuperação de calor ou capacidades de aquecimento. Uma bomba de calor reversível altera as funções do evaporador e condensador através do uso de uma válvula reversível dentro da unidade. O arrefecimento ou o aquecimento podem ser a função principal, dependendo do modo de funcionamento e da aplicação. TIPOS DE BOMBAS DE CALOR COMERCIAIS Tradicionalmente, as bombas de calor eram vistas como uma solução de aquecimento e arrefecimento residencial e raramente eram dimensionadas para as dimensões necessárias para edifícios maiores. O seu uso foi limitado a climas com temperaturas exteriores superiores, digamos, -6°C. Abaixo dessa temperatura, o calor do segundo estágio de combustível fóssil ou resistência elétrica é ativado. Mesmo em climas temperados, as bombas de calor têm de descongelar periodicamente. As mesmas restrições que limitam as bombas de calor em uso residencial em climas mais frios exigem as mesmas considerações para edifícios comerciais — numa escala muito maior. Princípio de Funcionamento no Verão: Durante os dias mais quentes, as bombas de calor extraem o calor do edifício e libertam-no para a atmosfera, tal como um chiller água-ar, conforme imagem abaixo: vez que o desempenho da bomba de calor depende muito das condições ambientais. À medida que a temperatura ambiente reduz, o COP da bomba de calor diminui, especialmente para bombas de calor de condensação por ar. A temperatura ambiente e a humidade também afetam a necessidade de descongelação. O ciclo de descongelação inverte o ciclo de refrigeração, aplicando calor no condensador para derreter a geada quando o congelamento no condensador é detetado. Para bombas de calor de circuito único, o modo de descongelação consome todo o calor da unidade, não deixando nenhum para aquecimento ambiente e resultando no envio de ar frio para o espaço ocupado. Os sistemas podem utilizar outros sistemas de armazenamento de energia térmica, temperaturas de água quente mais altas para recuperação de calor e sistemas em cascata para otimizar as fontes de aquecimento. Bombas de calor reversíveis e unidades a quatro tubos Um chiller configurado com uma válvula reversível pode mover a energia em duas direções para fornecer aquecimento ou arrefecimento eletrificado, tornando-se um facilitador chave para a descarbonização. A eletrificação dos edifícios e o aquecimento através de bomba de calor de condensação por ar ou água não só ajuda a cumprir os objetivos de descarbonização, mas também pode ser muito mais eficiente do que a utilização de uma caldeira. Bomba de calor 1. Uma bomba de calor com uma válvula de inversão é uma unidade que permite que o evaporador e o condensador alternem de função, invertendo o fluxo de refrigerante dentro do circuito. 2. As bombas de calor podem ser fornecidas numa vasta gama de tamanhos e estão disponíveis nas versões de fonte de água e de ar, conforme imagem abaixo: Princípio de Funcionamento no Inverno: Nos dias mais frios, a energia térmica contida no ar exterior será utilizada para aquecer o seu edifício. A bomba de calor utiliza integralmente uma fonte de energia renovável. CONSIDERAÇÕES SOBRE BOMBAS DE CALOR Existem muitos fatores a considerar ao selecionar o melhor sistema de aquecimento eletrificado para uma aplicação. A zona climática de um local é um bom ponto de partida, uma

26 AVAC As unidades a quatro tubos podem fornecer arrefecimento e aquecimento simultâneos, porque podem ser controladas para os pontos de ajuste de aquecimento e arrefecimento. São mais eficientes em termos energéticos do que outras formas de aquecimento elétrico, são também as mais flexíveis, porque uma unidade pode fornecer aquecimento, arrefecimento ou ambos, independentemente da carga dominante. Sistemas de bomba de calor de fonte de armazenamento O armazenamento de energia térmica tem sido e continuará a ser uma ferramenta fundamental para a descarbonização. Como o armazenamento de energia térmica pode capturar e armazenar energia térmica para aquecimento e arrefecimento, o armazenamento desta oferece flexibilidade máxima para reduzir a necessidade de consumo elétrico de pico no verão e no inverno, otimizando a redução de carbono e reduzindo o custo operacional. Um sistema de bomba de calor de fonte de armazenamento combina a funcionalidade de uma bomba de calor com tanques de armazenamento de energia térmica. Essencialmente, uma tecnologia de recuperação de energia é normalmente utilizada em climas frios em que as bombas de calor aerotérmicas perdem capacidade e requerem uma fonte de energia diferente. O excesso de calor é armazenado nos tanques. Uma bomba de calor transfere a energia dos tanques para a rejeitar para a atmosfera no verão ou para o edifício para a aquecer no inverno. Alcançar os objetivos de descarbonização As tecnologias atuais de bombas de calor oferecem uma variedade de formas para ajudar os proprietários dos edifícios a cumprir as regulamentações sobre descarbonização e cumprir as metas de objetivos ambientais, sociais e governamentais. Enquanto que algumas operações de construção podem permitir a eletrificação total do calor numa única modernização ou nova construção, outras podem exigir uma abordagem faseada ou híbrida. A flexibilidade dos sistemas de bomba de calor permite que os proprietários de edifícios criem uma solução com base no seu orçamento, necessidades e objetivos. Cada edifício que atinge a eletrificação do aquecimento ajuda a sociedade como um todo a tomar medidas positivas para enfrentar os desafios das alterações climáticas. n O armazenamento de energia térmica tem sido e continuará a ser uma ferramenta fundamental para a descarbonização

Lisboa: 214 146 200 | Porto: 226 069 764 | comercial.pt@trane.com Novas Bombas de Calor Arrefecimento e Aquecimento Sustentável Novo CGAF & CXAF Chiller / Bomba de Calor Capacidade de 140 a 340 kW Aquecimento até 60ºC

28 AVAC Monobloco Eco-thermal Giatsu, a aerotérmica que te entende A temperatura máxima de fornecimento de água de 65°C sem o uso de resistências elétricas e a ampla faixa de operação de -25°C a 43°C de temperatura externa fazem deste equipamento uma das unidades mais competitivas do mercado. Grupo Gia As bombas de calor Eco-thermal Monobloco da Giatsu são uma opção inteligente para satisfazer as necessidades energéticas de uma casa, aquecimento, refrigeração e AQS. Climatize com eficiência e forneça água quente na sua casa e escritório, mesmo em temperaturas externas extremas. A temperatura máxima de fornecimento de água de 65°C sem o uso de resistências elétricas e a ampla faixa de operação de -25°C a 43°C de temperatura externa fazem dela uma das unidades mais competitivas do mercado. Além disso, controla ao mesmo tempo os circuitos de aquecimento de alta e baixa temperatura e também pode gerir a produção de água quente sanitária, priorizando-a. Abrangem uma gama de potências que vão de 6KW a 16KW, disponíveis em corrente monofásica e trifásica. Os Monoblocos são “Full Inverter”, cada um dos seus elementos prin-

29 AVAC cipais, compressor e ventilador, são DC Inverter e o circulador modulante, o que garante a máxima otimização energética. Permitem a ligação direta à rede de produção de energia fotovoltaica quando esta é suficiente para um funcionamento autónomo. Entre os seus principais benefícios podemos destacar os seguintes: • Entrega de água a 65°C sem utilização de resistências elétricas, com temperatura exterior entre 5°C e 19°C. • Amplas faixas de operação dependendo da temperatura externa: Resfriamento de -5°C a 43°C. Aquecimento de -25°C a 43°C. • Possui oito curvas de controlo de temperatura. A temperatura do fluxo é ajustada automaticamente dependendo da temperatura externa. • Resistência de suporte elétrico desconectável de 3KW. • Seis modos de operação com prioridade de modo de operação selecionável. • Gateway Modbus opcional disponível para gerenciamento de BMS. • Sistema de degelo inteligente que evita partidas e paradas contínuas do compressor. • Combinável com energia solar térmica para produção de AQS. • Conectável a sistemas solares fotovoltaicos, tornando-se um dispositivo altamente eficiente, o que significa economia na conta de luz. • Modo de férias programável para proteger a instalação do congelamento de tubulações. WiFi incluído com todas as funcionalidades controláveis a partir do App e compatível com Google Home e Alexa. Possibilidade de controlar a temperatura de entrega de duas zonas. Gás refrigerante R32. COMPATIBILIDADE COM SISTEMA SOLAR TÉRMICO O sistema de energia solar térmica pode ser controlado pelo Monobloco. Quando o acumulador recebe o sinal de produção de energia solar fotovoltaica, a bomba de calor passa a utilizar esta energia até atingir 70°C como temperatura definida. CONTROLO COM FIO • Programável • Tela sensível ao toque • Acesso à programação e controlo do sistema via WIFI • Duas temperaturas de entrega selecionáveis para duas áreas • Função de modo de férias com ponto de ajuste de temperatura baixo • Bloqueio infantil para evitar manipulações incorretas • Programação de desinfecção anti-legionela. ALTA EFICIÊNCIA - DIRETIVA ERP • Eficiência energética no aquecimento • ηs médio até A+++ a 35°C • ηs médios até A++ a 55°C EQUIPAMENTO CERTIFICADO • Certificados de eficiência: etiqueta ErP, MCS • Certificados de segurança: CE (LVD, PED, EMC, MD) • Certificado ambiental RoHs. n

30 AVAC Barceló Conil Playa usa AQS e ar condicionado da Mitsubishi Heavy Industries Elementos como o seu sistema construtivo levaram o hotel a atingir uma Classificação de Eficiência Energética A e o seu consumo, localizado abaixo dos 50KW/m2 de energia anual, reforça o seu compromisso e consciência ambiental. Lumelco Graças ao seu design concebido a pensar na sustentabilidade, o Barceló Conil Playa tem a Classificação de Eficiência Energética A. O design do Barceló Conil Playa é concebido a partir da sustentabilidade e surpreende com a sua moderna arquitetura escalonada de formas naturais e orgânicas, capaz de respeitar e fundir- -se completamente com a paisagem natural. Recomendado apenas para adultos, os 210 quartos deste alojamento foram concebidos como um espaço único, em que a área da casa de banho é dividida da área de descanso por uma tela de vidro, criando uma atmosfera muito agradável, graças às suas grandes janelas. Elementos como o seu sistema construtivo levaram o hotel a atingir uma Classificação de Eficiência Energética A e o seu consumo, localizado abaixo dos 50KW/m2 de energia anual, reforça o seu compromisso e consciência ambiental. Para aproveitar ao máximo as boas temperaturas na área, o estabelecimento conta com duas piscinas, uma delas tipo praia com mais de 500 metros quadrados, além de um espetacular “infinito”, localizado na cobertura e exclusivo para clientes de “nível premium”, onde é uma delícia desfrutar de vistas panorâmicas. O hotel também se caracteriza pela sua oferta gastronómica completa. Para destacar, são restaurantes à la carte especializados em atum tinto de almadraba e arroz: Atunante e Arrozante, respectivamente. Além disso, tem um snack-bar e na cobertura está o B-Heaven, ideal para contemplar o melhor pôr-do-sol de Cádis com um menu completo de cocktails e bebidas mistas. Em suma, é um hotel ideal para desfrutar de alguns dias de descanso em casal com as muitas experiências oferecidas pela província de Cádiz. O hotel, como referimos, é concebido a partir da sustentabilidade e tem dado grande importância e prioridade à eficiência energética das suas instalações de ar condicionado e água quente sanitária (AQS). A escolha de equipamentos eficientes é uma aposta segura para a poupança económica e o respeito pelo ambiente. SISTEMA DE AR CONDICIONADO A instalação de ar condicionado que serve salas e áreas comuns é composta por 18 circuitos VRF independentes

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