BI319 - O Instalador

RENOVÁVEIS 83 Quando se pretende avaliar o sombreamento commaior precisão pode efetuar-se uma análise de sombreamentos recorrendo a um analisador de sombras através de programa informático ou construindo ummapa da trajetória solar. Assim, o local adequado para a instalação de painéis deve: i. Ser resistente ao peso dos painéis; ii. Não ser ventoso, mas possuir boa circulação de ar, para que as células não superaqueçam; iii. Possuir fraca incidência de sombras e reflexos capazes de diminuir a eficiência do processo: Também a boa ordenação e caminho dos cabos elétricos (lay out), deve ser previsto para modo direto, mas com ângulos suaves – nem sempre a distância mais curta é a mais adequada e segura. 3. O dimensionamento em função da finalidade Os painéis solares são o coração do sistema, logo as fichas técnicas e os certificados de garantia e a informação nelas plasmada são fator determinante para nos requisitos técnicos duma instalação. Assim no dimensionamento para a utilização da energia solar gerada é importante poder escolher-se o regime UPAC (Unidade de Produção de Autoconsumo) ou o regime UPP (Unidade de Pequena Produção) com vista ao objetivo delineado. Se a pretensão for injetar 100% da energia elétrica na rede, teoricamente esta não poderá ser muito extensa, contudo antes de optar por esta solução deve atender-se à tarifa de venda e dimensão permitida (limitada a 1MW) bem como calcular para cada caso o nível compensatório de cada Unidade de Pequena Produção (UPP). Com uma Unidade de Produção de Autoconsumo (UPAC), substitui-se parte da energia habitualmente adquirida à rede pelo que o seu dimensionamento depende principalmente do perfil de consumo ao longo do ano e da estimativa de consumo futuro. 4. Tecnologia Na escolha do módulo, há três características da ficha técnica a considerar: i. Tolerância da potência nominal e garantia de que a sua potência nominal é igual ou superior à apresentada; ii. Coef icientes de Temperatura, importante para o rendimento do sistema pois quanto mais baixo for o coeficiente de temperatura, melhor será o comportamento com temperatura elevada; iii. Potência face à degradação natural das células, uma vez que quanto menor for a depreciação anual da potência do módulo, mais rentável se torna o sistema. A quantidade de módulos aplicados e a sua potência unitária irá definir a potência instalada. Os módulos policristalinos têmmelhor relação qualidade/preço. Quando a falta de espaço é um fator determinante, os módulos monocristalinos são mais eficientes (potência superior em menor área), no entanto a aplicação de outro tipo de tecnologias pode ser mais aconselhada em determinadas situações. As estruturas móveis seguem a trajetória solar (“trackers”), logo mais eficientes, podendo ser de um ou de dois eixos de rotação e ser controlados por relógio astronómico ou por sensores de radiação. Comdois eixos mantêm sempre orientações e inclinações ótimas em relação ao sol, com um eixo, o mais comum é o seguidor azimutal que segue o movimento do Sol ao longo do dia. Estruturas de implantação mais inclinadas favorecem a produção no Inverno e estruturas menos inclinadas favorecem a produção no Verão. Por outro lado, estruturas orientadas a Este favorecema produção durante a manhã e estruturas orientadas a Oeste favorecem a produção durante a tarde. Para otimizar a produção anual, os módulos deverão ser orientados a Sul com uma inclinação de 30°. Módulos com pouca inclinação têm uma maior probabilidade de acumular sujidade e módulos sem ventilação natural aquecem mais facilmente. Nas instalações fotovoltaicas ligadas à rede, em que o excedente de energia elétrica vai para a rede elétrica, será de considerar um inversor para converter a corrente, uma vez que a produção da corrente é contínua e a rede pública é baseada em corrente alternada, adaptado as possibilidades da instalação, porém esta solução envolve perdas só aceitáveis se cerca de 3%. Os inversores monofásicos ou trifásicos, são dos componentes tecnológicos mais importantes de uma central fotovoltaica, devem possuir grau de proteção (IP65), e evitar a exposição direta à radiação solar e intempérie. A assimetria nas fases deverá ser no máximo de 5 kW. As características dos módulos devem ser fornecidas pelo fabricante em condições de teste (STC) (Irradiância = 1.000W/m2, Temperatura da Célula = 25° C e Massa de Ar = 1,5), embora as características dos módulos que se aproximammais à realidade, são muitas vezes mencionadas em condições de temperatura nominal de operação das células (NOCT) (Irradiância = 800W/m2, Temperatura Ambiente = 20° C, Massa de Ar = 1,5 e Velocidade do Vento = 1 m/s).

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