OPINIÃO 66 Carmen Lima* A Construção precisa de um rumo para se tornar mais eficiente e mais sustentável O European Green Deal é, provavelmente, uma das melhores ferramentas que cada estado membro possui ao seu alcance como guia e inspiração, para garantir que todos estão, a uma só voz, na luta para prevenir o efeito das alterações climáticas. Já são escassos os que duvidam sobre os efeitos das alterações climáticas para o ambiente e para a saúde das populações, pelo que adotar este tipo de mecanismos estratégicos tem sido cada vez mais simples de implementar e bem recebidos pelas organizações, no âmbito da sua adoção ao desenvolvimento assente num crescimento sustentado, do ponto de vista económico, social e ambiental. Esta ferramenta tem conseguido recolher o apoio de diversas organizações, mesmo aquelas cuja atividade é impactante do ponto de vista ambiental, como da administração local e central, o que mostra que a sustentabilidade dos setores ganha cada vez mais adeptos. Por outro lado, na legislação é cada vez mais visível as medidas que pretendem internalizar nos seus objetivos as estratégias e programas, nomeadamente no que respeita ao ponto de vista energético, com especial enfoque na neutralidade carbónica até 2050. Este aspeto é visível no processo de transição energética. Para que este seja justo e integrador é fundamental que o mesmo seja transversal a todos os setores da sociedade, e não apenas focado na mobilidade, garantindo a promoção de fontes de energia limpas, confiáveis e acessíveis, que assegurem a proteção da vida humana, dos animais e das plantas, numa transformação que ser quer efetiva quer seja nas zonas urbanas, quer seja nas zonas rurais, focada na prevenção e redução das fontes de poluição. O momento que a Europa atravessa, com fortes constrangimentos económicos e sociais devidos ao conflito armado que dura há mais de um ano, que tem afetado os valores de forne-
RkJQdWJsaXNoZXIy Njg1MjYx