52 DOSSIER PASSIVE HOUSE Daikin sobre como mudar mentalidades e (re)construir com conforto térmico Com os dados a revelarem que 3 a 8 milhões de pessoas vivemem situação de pobreza energética, que a construção em Portugal não responde às necessidades de conforto térmico da população, que enfrenta frio no inverno e calor no verão que conduz a gastos elevados emenergia para alcançar conforto térmico, podemos concluir que os portugueses não se têmmostrado despertos para o tema da eficiência energética no momento da aquisição da casa a que chamam lar. É por isso urgente uma mudança de mentalidade, quer por parte de quem constrói edifícios onde passamos cerca de 90% do nosso tempo de vida, quer por parte de quem compra. Isto sem esquecer o papel que as entidades competentes devem ter na resposta a esta necessidade. Esta mudança de mentalidades torna-se ainda mais real quando os imóveis em Portugal continuam a ser na sua maioria aquecidos por sistemas desatualizados e de baixa eficiência energética, que frequentemente utilizam combustíveis fósseis poluentes, e as metas da eficiência energética e da descarbonização são uma realidade. O Pacto Ecológico Europeu é um firme compromisso de reduzir as emissões de CO2 e tornar a UE o primeiro bloco com neutralidade climática até 2050. Na Daikin sabemos o quanto é urgente trabalhar no sentido de alterar a atual situação e dinamizar cada vez mais a instalação de bombas de calor, que constituem, só por si, uma tecnologia de aquecimento com baixo nível de carbono. Nesse sentido, foi de forma natural que a Daikin Portugal se associou à Associação Passivhaus Portugal na defesa e concretização do “Passive House”. O conceito Passive House define um padrão de elevado desempenho que é eficiente, sob o ponto de vista energético, saudável, confortável, economicamente acessível e sustentável. Abranger todas as etapas do processo de construção, nomeadamente o projeto, acompanhamento de obra e teste final ao edifício construído, para verificação do cumprimento dos respetivos requisitos, este conceito tem um objetivo único: contribuir para o bem-estar e saúde dos seus ocupantes. Por isso, o ambiente interior numa Passive House é caracterizado pela boa qualidade do ar, conforto térmico (temperatura mínima 20°C e temperatura máxima 25°C) e inexistência de grandes variações térmicas. Uma realidade nos antípodas do que existe atualmente na maioria das habitações portuguesas. Para além de proporcionar conforto térmico, uma Passive House pode ser construída aomesmo preço que um edifício convencional. Diríamos mesmo que os custos de operação de uma Passive House são substancialmente mais baixos que umedifício convencional devido às reduzidas necessidades energéticas e de manutenção. E como há uma redução drástica das emissões de CO2, devido à eficiência energética, a Passive House contribui para a menor dependência de combustíveis fosseis. Aliás, as necessidades energéticas podem ser facilmente supridas por fontes renováveis de energia. Falamos de construções novas, mas o conceito é também válido para o mercado da renovação/reabilitação de edifícios. Neste segmento a substituição de equipamentos obsoletos e pouco eficientes por equipamentos mais eficientes e que aproveitam a contribuição de fontes de energia renoPaulo Palhau, Consulting Sales Engineer @ Daikin
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