BI313 - O Instalador

REEE 61 Onde está Portugal no que respeita ao cumprimento das metas de recolha e tratamento de REEE em 2022? As metas de recolha, tanto de resíduos de equipamentos elétricos e eletrónicos (REEE), como de pilhas e acumuladores (RPA), que são os fluxos específicos que gerimos, infelizmente, estão ainda longe das ambiciosas metas estipuladas pela Europa, contudo, estamos a fazer tudo o que está ao nosso alcance para aumentar os quantitativos de resíduos recolhidos na nossa rede seletiva e contribuir para que o País se aproxime cada vez mais do objetivo traçado, tendo consciência de que ainda há um longo caminho a trilhar, nomeadamente no que respeita à sensibilização e educação de cidadãos e empresas, que têm um papel fundamental neste processo. A ERP Portugal, em 2021, conseguiu aumentar em cerca de 4% a recolha seletiva de REEE, fruto de um esforço de contratualização com novos pontos de recolha. O esforço foi compensado com um crescimento significativo na nossa rede, que contava no final de 2021 com mais 1 337 pontos do que no ano transato. No final de 2021, a ERP Portugal contava também com 668 aderentes, que transferiram a responsabilidade para a gestão de REEE, tendo este número aumentado em 8.26%, comparando com 2020. Que constrangimentos ainda temos emmatéria de recolha e sensibilização da população? Para minimizar os eventuais constrangimentos neste processo, a nossa missão é reforçar de forma regular e sustentada as nossas mensagens relativamente à importância da reciclagem de REEE. Temos encetado diversas ações de sensibilização e parcerias com marcas bastante conhecidas do consumidor, de forma a alcançarmos cada vez mais públicos, confirmando a obrigação e responsabilidade de encaminhar este tipo de equipamentos para a reciclagem. São exemplo disso as ações que desenvolvemos com a ABAE no projeto ‘EcoEscolas’, com diversas insígnias da Distribuição, como é o exemplo do ‘Worten Transforma’ ou ‘Reciclar também é ajudar’, o projeto de Investigação e Desenvolvimento ‘Reeecicla e Ganha’, bem como parcerias com insígnias como a Chicco, que apoiam o nosso compromisso e nos ajudam a fazer chegar esta mensagem mais longe e a um público mais abrangente. Mantendo o dinamismo e o papel ativo que procuramos ter nesta missão de literacia ambiental, desenvolvemos o programa ‘Junta na Freguesia’ que, beneficiando da geografia municipal do País, continente e ilhas, procura sensibilizar e esclarecer as populações das várias comunidades para o correto encaminhamento de equipamentos elétricos e eletrónicos, contribuindo de forma direta para o aumento de recolha e destes equipamentos. Complementarmente, temos um website ‘eureciclo.pt’, para dar resposta à localização dos pontos de recolha da rede da ERP Portugal, bem como a possibilidade de empresas e entidades, solicitarem recolha de REEE e RPA, de forma rápida, fácil e gratuita. Em termos de fiscalização, onde estamos e que entraves ainda existem? A fiscalização é, de facto, um ponto fulcral, e há efetivamente muito a melhorar neste campo, para garantir que esta é eficaz e que há cumprimento das normas estabelecidas para o setor, combatendo o mercado paralelo. Não basta haver regulamentação, é importante assegurar que esta se cumpre. Sabemos que pelo valor dos materiais que contêm, estes resíduos são altamente apetecíveis, pelo que um controle apertado sobre todos os atores, é fundamental, para assegurar que estes têm um destino adequado de reciclagem. Nada disto é linear, mas procuramos, individualmente e, em conjunto, afinar e garantir as melhores soluções para o setor. Por outro lado, trabalhamos no sentido de fomentar a prevenção da produção destes resíduos, bem como a promoção da reutilização, reciclagem e outras formas de valorização, sendo também nosso objetivo contribuir para melhorar o desempenho ambiental de todos os intervenientes no ciclo de vida destes equipamentos. A inovação e a economia circular são duas prioridades colocadas há muito neste mercado. Como e em que se materializa este desafio no caso dos REEE? A circularidade é também uma das nossas preocupações, sempre de mãos dadas com a necessidade de informar e de reforçar a importância das escolhas do consumidor, no que respeita ao eco design e à reciclagem deste tipo de equipamentos. Acreditamos que é, acima de tudo, nestes campos que a inovação pode ter também um papel fundamental. A participação, a compreensão e incentivo

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