OPINIÃO 58 • Uso de fontes de energia renovável com recurso, sempre que necessário, à contratualização com entidades certificadas como fornecedoras de energia renovável; • Monitorização de consumos; • Gestão otimizada da manutenção e operação dos edifícios; • Sistemas de comunicação promovendo a transformação de comportamentos das organizações e dos utilizadores. Naturalmente, a concretização equilibrada e exequível destas estratégias passa fundamentalmente pela vontade das Organizações, mas também pela capacidade das equipas projetistas e de gestão de obra, designadamente para os edifícios existentes (que vão ter que negociar o faseamento da sua convergência com os edifícios novos). O PILAR SOCIAL A consciência ambiental e social dos cidadãos, o acesso à informação e as mudanças nos mercados são fatores que inevitavelmente vão trabalhar a favor daqueles que se posicionem no mercado comuma visão transparente, ecológica e socialmente favorável. Mecanismos de avaliação e reporte de desempenho das organizações nas vertentes sociais e ambientais, para além das económicas, são práticas cada vez mais comuns e nalguns casos já começam a decidir os investimentos. As estratégias corporativas do presente/futuro devem compreender estes desafios e procurar integrar os critérios ESG (governança ambiental, social e corporativa) e os ODS como forma de se assumirem como sustentáveis e consequentemente mais competitivas. O PILAR ECONÓMICO O termo ESG foi usado pela primeira vez emum relatório de 2004 intitulado ‘Who Cares Wins’ (‘Quem se importa ganha’, em tradução literal), que foi uma iniciativa conjunta de instituições financeiras a convite da ONU. Isto é um facto interessante para pensarmos para onde irá o investimento no futuro. É já uma realidade que o custo f inanceiro das consequências das alterações climáticas, escassez de recursos essenciais, perda de território, etc. é elevadíssimo. Nesta COP27 este foi um dos assuntos que resultou no avanço da formação de um fundo para financiar danos climáticos sofridos por países mais vulneráveis, mas para além destes já fazemos muitos investimentos em adaptação, porque ela vai ser necessária. A economia vai ter de se ajustar de forma a evitar mais sobrecarga no planeta, sob pena de reduzir os impactos enormes na própria economia e na vida de tantas pessoas. Em Portugal, segundo um relatório da Allianz Global Investors, cerca de 92% dos investidores está interessado em temas relacionados com a sustentabilidade e 87% refere que investiria em fundos com objetivos de desenvolvimento sustentável. As sociedades modernas terão que considerar que as alterações climáticas são mais um dos desafios de gestão que deverá ser considerado na adaptação dos edifícios às alterações climáticas e as organizações aos princípios da sustentabilidade corporativa
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