BI309 - O Instalador

ENTREVISTA 18 Ton, todas robotizadas, para assim permitir uma injeção rápida e eficiente dos mais diversos tipos de termoplásticos (PS, POM, ABS, PVC, PP). O nosso departamento interno de Investigação & Desenvolvimento, tem sempre emmãos novos projetos, que visammelhorar produtos já existentes ou mesmo a criação de produtos inovadores. Temos no nosso laboratório cerca de seis produtos em teste contínuos e de resistência. Quanto à formação, qual tem sido a estratégia da empresa? Fazem ações permanentes? De que tipo? Acreditamos que o capital humano é um dos ativos mais importantes dentro de uma empresa. Temos programas internos para capacitação pessoal, trabalhamos a componente técnica, mas também a parte comportamental. Fazemos ações internas de reciclagemde temas, mas também temos protocolos com entidades externas para que os nossos colaboradores possam estar no topo das suas competências. Também apoiamos os colaboradores que pretendemadquirir formação formal, flexibilizando horários. INOVAÇÃO E como incorporam a inovação nos vossos produtos e ofertas? Enquanto empresa, uma das nossas dimensões passa pela inovação. Muitas vezes a inovação não passa pela criação de novos produtos, mas pela aplicação de novas técnicas e materiais ao que já existe. Neste caso trabalhámos ambas as vertentes: criámos um conjunto de novos móveis de casa de banho, sete para ser mais preciso. Passámos a disponibilizar novos acabamentos emmadeiras para os móveis bem como novas cores para as nossas torneiras e toalheiros. Tudo isto aliado a uma nova forma de aplicar estes acabamentos no metal para garantir a sua durabilidade. A inovação está no ADN desta empresa e como trabalhamos áreas diferenciadas dentro do setor, cada uma acaba por ter os seus próprios níveis e graus de inovação. Se falarmos em inovação no seu termo mais lato, é no setor da injeção de termoplásticos que conseguimos ter umamaior visibilidade, uma vez que estamos constantemente a pensar em formas de melhorar as soluções que já existem no mercado, quer em termos de produto quer de eficiência. A par da inovação temos uma grande preocupação ambiental e a eficiência hídrica acaba sempre por ser um dos objetivos finais nos produtos que desenvolvemos, como poupar água e garantir a eficiência de um produto. Muitas vezes essa preocupação surge em termos de design, como o botão saliente da válvula de descarga BI-FLASH que instintivamente leva a pessoa a carregar no botão que liberta menos água na descarga. Ou por exemplo nas válvulas Drain e Petra, que tem um sistema único de escoamento de caudal de drenagem elevado, que aliado ao filtro anti cabelos permite evitar inundações no duche. Quais são os principais objetivos do grupo nomercado nacional e que radiografia faz do setor dos sanitários no País? Este é um setor bastante resiliente e tem resistido, embora com dificuldade, a crises, à pandemia, à loucura que têm sido os últimos dois anos no que respeita a preços de matérias-primas. O nosso objetivo é o de consolidar o crescimento dentro do mercado nacional e, acima de tudo, aproximar a marca CTESI do consumidor final. O nosso caminho junto dos profissionais tem vindo a ser traçado há 25 anos e neste momento queremos que o público geral conheça e tenha acesso à marca CTESI. Consolidar o crescimento, dar maior notoriedade à marca e acima de tudo poder dar aos portugueses a opção de ter produtos produzidos em Portugal nas suas casas de banho! Exportam? Para que países? E que estratégia têm a curto prazo nesta matéria? Exportamos para três continentes diferentes, do Leste Europeu ao Médio Oriente e passando pelos mercados africanos. Acima de tudo, sentimos que o facto de sermos uma marca portuguesa e europeia nos confere um selo de qualidade e garantia de que é um produto credível. Antes da pandemia estávamos no nosso melhor ano de exportação, com um crescimento excecional e a pandemia veio quebrar um pouco esse crescimento que estamos agora a recuperar. Com abertura das viagens, no final de 2021, retomámos o nosso caminho e estivemos presentes na Turquia – UNICERA - e trouxemos para além de negócio diretos, muitos contactos que trabalhamos nos meses seguintes. Por vezes, as empresas portuguesas não têm noção do impacto e de respeito que os estrangeiros têm pelos nossos produtos e empresas. Por fim, como encara o ano de 2022, tendo em conta os constrangimentos macroeconómicos atuais? ‘O caminho faz-se caminhando’ e o que os últimos anos nos têm ensinado é que, mais do que ser resiliente para sobreviver a crises, é importante estar preparado para que essas crises (que virão por certo novamente) tenham um impacto mínimo dentro daquilo que somos e no que fazemos. Antes da pandemia estávamos em pleno processo de transição digital, a pandemia foi a ‘desculpa’ perfeita para acelerar esse mesmo processo. Atualmente, qualquer pessoa pode ver os nossos produtos fisicamente ou virtualmente, obter acesso a informação técnica ou outra sem ter de sair da sua casa ou loja. 2022 também é o ano em que fazemos 25 anos, o que levou a uma grande campanha multicanal para publicitar a marca CTESI com o mote ‘Uma casa de banho portuguesa, com certeza!’. Somos realistas e sabemos que o futuro é incerto, mas também temos fé nas nossas capacidades e acreditamos que será um futuro risonho. n

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