BI307 - O Instalador

81 RENOVÁVEIS | GEOTERMIA b. Temperatura média do terreno c. Resistência térmica 6. Simulação térmica mediante a utilização de software especializado, considerando toda a informação anterior. 7. Relatório f inal com o cálculo e dimensionamento da solução técnica mais eficiente para a execução da instalação geotérmica. Antes do início das perfurações geotérmicas é necessário realizar um projeto de Perfurações Geotérmicas, assinado por um engenheiro de minas ou equivalente, de modo a obter a aprovação do organismo público competente em Minas. Ainda assim, e depois de concluir todos os trabalhos, o técnico responsável deve certificar a finalização dos trabalhos executados no dito organismo. Seguidamente, resumimos um caso de dimensionamento e execução de uma instalação geotérmica da Groen Energia com um exemplo de uma vivenda unifamiliar dentro da promoção de 312 vivendas ‘Célere Cortijo Norte’, situada em Boadilla del Monte, Madrid e executada pela promotora Vía Célere. DETERMINAR AS NECESSIDADES ENERGÉTICAS QUE SE DEVERÃO COBRIR Neste caso de vivendas unifamiliares, há que determinar previamente que necessidades energéticas se devem cobrir, como por exemplo: • Potência de aquecimento pico (kW). • Potência de AQS pico (kW). • Potência de refrigeração pico (kW). • Necessidade mensal do processo de aquecimento (kWh/mês). • Necessidade anual do processo de AQS (kWh/ano). • Necessidade mensal do processo de refrigeração (kWh/mês). 1. SELEÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE BOMBA DE CALOR E ESQUEMA DE PRINCÍPIO Selecionar a Bomba de Calor Geotérmica (BCG) e o esquema de princípio, assim como dos emissores do circuito secundário que se vão utilizar (solo radiante, fan coils, etc.), já que as caraterísticas técnicas da BCG e dos emissores selecionados, são fundamentais para o correto dimensionamento do campo de captação geotérmica, marcando as temperaturas de intercâmbio tanto no circuito primário (terreno) como no circuito secundário (vivenda). Neste projeto foi selecionada uma BCG da marca Ecoforest, com vantagens importantes como: • Tecnologia Inverter. • Tecnologia High Temperature Recovery (HTR) que permitirá aquecer AQS simultaneamente com a climatização. • Modulação das bombas circuladoras de sondagens geotérmicas e clima. • Incorpora um equipamento compacto o depósito de acumulação de AQS e todos os componentes da BCG. • Gestão integral da bomba circuladora de retorno de AQS. 2. ESTUDAR A GEOLOGIA DO TERRENO PARA PODER SELECIONAR O EQUIPAMENTO DE PERFURAÇÃO ADEQUADO Foi consultada a carta geológica de Majadahonda, para localizar a posição das sondagens a realizar, e onde foi possível saber que o terreno a perfurar estaria formado principalmente por Arcosas (Facies Madrid). Tendo em conta a natureza deste terreno, foi escolhido um equipamento específico para trabalhos de perfuração geotérmica, com cabeça dupla e tripla mordaça, capaz de utilizar tubos de revestimento de 152 mm, ao mesmo tempo que se perfura com trialeta de 130 mm e varas de 88,9 mm, alcançando comprimentos de 130 m de profundidade. A evacuação dos detritos da perfuração realiza-se mediante circulação direta de água através de “preventer”. À parte disto, realiza-se um contínuo tratamento da água utilizada na perfuração, separando o detrito sólido do líquido, e assim é possível reduzir o consumo de água, mantendo a plataforma de trabalho em ótimas condições. Com esta metodologia de trabalho na execução das sondagens geotérmicas, conseguimos as melhores condições de ordem e limpeza em obra que serão a base da segurança dos trabalhadores e da qualidade da execução das perfurações. 3. DEFINIR OS MATERIAIS QUE FORMARÃO PARTE DO CAMPO DE CAPTAÇÃO GEOTÉRMICO Determinar os materiais em função das temperaturas a que deverá trabalhar o primário, para a correta seleção de sondas e morteiro geotérmico. Neste projeto foram selecionadas as sondas RAUGEO PE-RC com U simples de 40mm, compostas por 2 tubos em polietileno de alta densidade (RAU-PE-RC) segundo DIN 8074/75, certificação TÜV segundo PAS 1075, UV-estabilizado, cor negro (RAL 9004). As principais caraterísticas destas sondas são: • Testada em fábrica, inclui relatório de inspeção • Certificado SKZ, segundo controlo de qualidade HR 3.26 • Documento com diretrizes DVS • Pé de sonda extremamente compacto e robusto • Temperaturas de serviço: -20°C a +40°C • Máx. Pressão de serviço 16 bar (C=1,25)

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