ENTREVISTA 72 A importância da eficiência energética continua a ser uma das principais preocupações dos fabricantes e, decerto, sê-lo-á por muito tempo, tendo em conta as exigências regulamentares mas também os objetivos climáticos globais. Que importância tem este fator nos produtos Thermosite? A eficiência energética é um dos vértices do triângulo dos nossos produtos. Os outros são a qualidade do produto e o preço competitivos do mesmo. Entendemos que os produtos com estas caraterísticas, aliados à assistência no pós-venda que garantimos, são o segredo para o crescimento contínuo da Thermosite. Mas o ponto que levantam da eficiência, sem dúvida, que é dos principais. E as políticas europeias vão incentivar cada vez mais, uma vez que sabemos que necessitamos de reduzir os consumos de energias primárias como o carvão, o gás e o petróleo, quer por questões ambientais, quer para diminuir a dependência de fornecedores extra-europeus. Como analisa, em 2022, o setor AVAC português e como antevê a sua evolução no País e na Europa este ano? Vemos um setor muito suportado nas medidas de incentivos, como o Fundo Ambiental. Tememos uma estagnação forte em breve, e uma inflação a impedir a renovação de sistemas mais antigos, mantendo Portugal na cauda da Europa, no que respeita ao conforto térmico e à eficiência energética. Apenas será possível reverter estes défices com um incremento e aceleração do funcionamento de medidas como o fundo ambiental. No caso específico da Thermosite, o que entendemos que podemos fazer para nos ajustarmos às dificuldades que se avizinham, é continuar a apostar em produtos com as tecnologias mais recentes e mais eficientes. Saiba mais aqui: www.thermosite.com. n Depois de uma pandemia, eis que estamos comuma crise económica acrescida devido à guerra na Ucrânia. Que impactos tem esta nova crise na vossa atividade económica? Por um lado, há o receio do embargo económico à Rússia. E a Rússia é a mina da Europa. É o principal fornecedor do aço e alumínio das nossas fábricas de bombas de calor. Isto vai provocar escassez de matérias primas, atrasos na fabricação de ar condicionado e bombas de calor e forte inflação. Em paralelo, a eventual falta de gás da mesma origem que possa ocorrer, também trará uma forte inflação.Eu diria que as consequências são imprevisíveis. A Europa necessita de diminuir a sua dependência das energias primárias, e isso só se consegue com sistemas mais eficientes. Sei que têmuma nova tabela-catálogo para este ano. Essa tabela foi ajustada às circunstâncias económicas, preços, inflação, calculo. Estes ajustes estão mais de acordo com a realidade ou nesta altura ainda terão de reavaliar? O mercado não nos permite trabalhar commargem que garantam estabilidade de preços para um período alargado. Estamos todos a habituar-nos a viver com tabelas com períodos de vida curtos. É a única forma de mantermos preços competitivos. Mas com a gama alargada que temos, que inclui ar condicionado, VRF, bombas de calor, aquecimento, solar térmico, solar fotovoltaico, válvulas, controlo e ventilação somos surpreendidos semanalmente com aumentos numa ou noutra gama. Isto obriga a sucessivos ajustes da nossa tabela. Neste momento, os clientes já entenderam a nova ‘normalidade’. Vemos um setor muito suportado nas medidas de incentivos, como o Fundo Ambiental. Tememos uma estagnação forte em breve, e uma inflação a impedir a renovação de sistemas mais antigos, mantendo Portugal na cauda da Europa, no que respeita ao conforto térmico e à eficiência energética
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