60 QUALIDADE DO AR INTERIOR Educar, ventilar e avaliar: palavras de ordem para promover a Qualidade do Ar Interior Os edifícios devem ser concebidos e mantidos de forma a proteger-nos de condições exteriores adversas, e promover um ambiente interior saudável e adequado para as atividades a que se destinam. Contudo, evidências crescentes têm demonstrado a existência de condições que afetam adversamente a qualidade do ar nos espaços interiores e, por conseguinte, a saúde e bem-estar dos seus ocupantes. Marta Gabriel Investigadora do INEGI – Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial na área da Qualidade do Ar Interior Estudos realizados a nível nacional, nomeadamente alguns levados a cabo pelo INEGI – Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial, têm vindo a elencar a necessidade de implementação de medidas efetivas para prevenir e mitigar riscos associados a uma má Qualidade do Ar Interior (QAI) observada em edifícios, nomeadamente escolares e de habitação1,2. Apesar do volume de evidências existentes em fatores de riscos, fontes de poluição, e oportunidade de melhoria que têm vindo a ser inequivocamente identificadas, continua a existir uma grande dificuldade em passar da evidência científica à ação! Uma das barreiras para que isto aconteça, além da escassa e pouco clara regulamentação existente, é a falta de literacia da população em saúde ambiental, e em particular em questões associadas à QAI. A aposta em atividades de sensibilização e de educação em QAI na população em geral, mas fundamentalmente entre os responsáveis da gestão e manutenção de edifícios com elevada ocupação (escolas, edifícios de serviços, etc.) e instaladores, será crucial para promover a literacia em QAI e a aceitação e adoção de medidas corretivas recomendadas,
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