RENOVÁVEIS | INVESTIGAÇÃO 72 CASOS A E B Na Figura 2 é apresentada a região, a topologia e os valores das capacidades calculadas para as redes elétricas dos casos A e B. Devido às condições orográf icas e à disponibilidade do recurso, os aproveitamentos de energia eólica encontram-se principalmente distribuídos no Norte e Centro de Portugal. Em particular, a maior parte da região Centro é coberta por uma região conhecida como Pinhal Interior onde 49 parques eólicos (com uma capacidade total de 1766 MW) e 15 hidroelétricas (com uma capacidade total de 1113 MW) estão instalados. Assim, este estudo de caso A, permite entender o impacto do DLR numa região com elevados níveis de capacidade eólica e hídrica. O sul de Portugal, devido às condições orográficas e à disponibilidade do recurso primário, é ideal para a geração solar fotovoltaica. Apesar da atual capacidade instalada fotovoltaica nesta região ainda ser limitada, a curto prazo é esperado um aumento acentuado da mesma, devido aos recentes leilões públicos para atribuição de capacidade de rede para injeção de eletricidade para ligação de centrais solares fotovoltaicas e ao acesso à rede através de contratos bilaterais em alguns parques fotovoltaicos. Assim, este estudo de caso centra-se na avaliação do impacto do DLR numa região com potencial solar muito elevado e capacidade de rede limitada. Sustentada por estudos anteriores conduzidos pelo LNEG, esta integração em larga escala tem potencial para se tornar uma área promissora para a aplicação do DLR. Esta região comporta duas centrais hidroelétricas (Alqueva e Pedrógão com potências nominais superiores a 500 MW e 10 MW, respetivamente) e 17 parques eólicos (com potências totais superiores a 300 MW). A avaliação da capacidade da linha de energia mostrada na Figura 2 compara os valores médios anuais obtidos usando a análise DLR e os limites do projeto da linha de energia (SLR). O cálculo da capacidade adicional da linha de energia divide a linha em troços com as condições meteorológicas específicas e usa o valor de capacidade mínima do DLR dentre os obtido para cada setor. Os resultados preliminares da Figura 2 destacam os benefícios da análise DLR na maioria das linhas de transmissão. Porém, algumas linhas apresentam valores negativos. Os valores mais altos identificados para os estudos de caso A e B são 699 e 841 MVA, respetivamente [5]. Esses números representamumaumento de 51% e 60%, respetivamente. Os valores mínimos foram -22 e -3 MVA para os casos A e B, respetivamente. CASO C Tradicionalmente, os mercados de eletricidade são divididos emmercados grossista e de retalho. No mercado grossista, os produtores submetem licitações aos mercados centralizados, ou estabelecem contratos bilaterais, negociados de forma privada com retalhistas ou grandes consumidores. O mercado do dia seguinte é o mercado grossista mais utilizado. É um mercado spot marginalista baseado em licitações de oferta e procura de energia. Aos TSOs cabe avaliar a viabilidade do transporte das potências negociadas para evitar o congestionamento da rede e garantir a segurança do sistema elétrico. Assim, ao planear o fluxo de potência para tais negócios utilizando a capacidade máxima fixa das linhas com modelos do tipo SLR inviabiliza Figura 2. Regiões, topologia e a diferença média ao longo de um ano (DLR menos SLR) da capacidade das linhas elétrica dos casos A e B entre utilizar DLR e SLR. As linhas a azul, verde e vermelho representam a tensão da linha: 150, 220 e 400 kV, respetivamente.
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