BI303- O Instalador
TECNOLOGIA BIM E KNX 46 Destes despachos e portarias, os que mais dizem respeito aos sistemas de controlo e gestão de iluminação são a Portaria n.º 138-I/2021 que regulamenta os requisitos mínimos de desempe- nho energético relativos à envolvente dos edifícios e aos sistemas técnicos e a respetiva aplicação em função do tipo de utilização e específicas cara- terísticas técnicas; e ainda o Manual do SCE que estabelece a metodologia de cálculo para efeitos da avaliação do desempenho energético dos edi- fícios (DEE) abrangidos pelo sistema de certificação energética dos edifí- cios (SCE). As alterações são significativas e têm implicações positivas no que diz res- peito ao mercado da iluminação e à eficiência energética dos edifícios. Os sistemas de controlo e gestão de ilu- minação passaram a ser obrigatórios em todos os novos edifícios e em todas as remodelações de instalações com COMO SOLUÇÕES KNX/DALI RESPONDEM AOS REQUISITOS DA NOVA LEGISLAÇÃO SOBRE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM EDIFÍCIOS No ano passado, em dezembro de 2020, foi finalmente publicado o DL101-D/2020 que estabelece os requisitos aplicáveis a edifícios para a melhoria do seu desempenho energético e regula o Sistema de Certificação Energética de Edifícios, transpondo a Diretiva (UE) 2018/844 e parcialmente a Diretiva (UE) 2019/944. Regulamentado pelas portarias e despachos publicados no início de julho deste ano, data em que entrou em vigor. áreas superiores a 25% dos pisos/áreas do edifício. As tabelas de DPI’s a aplicar acompanharam o desenvolvimento tecnológico da iluminação e os seus valores foram mais reduzidos, mas o mais importante é que passaram a ter uma definição clara em termos de estratégias de controlo de ilumi- nação necessárias para cada espaço, como se pode observar na tabela 26 da Portaria n.º 138-I/2021. Esta tabela descreve para cada tipo de espaço as estratégias de controlo a adotar: 1) Regulação constante de lumino- sidade – implica obviamente que a iluminação seja regulável, pois pretende-se que a iluminação artificial seja regulada em função da contribuição da luz natural. O mercado disponibiliza cada vez mais luminárias com interface DALI a preços idênticos aos de soluções comutadas. O fato de terem inter- face DALI e serem reguladas em permanência, não só permite reduzir o consumo de energia como ainda prolonga o tempo de vida útil das luminárias, uma vez que estas traba- lham a regimes mais baixos e com temperaturas mais reduzidas. Por outro lado, toda a eletrónica das luminárias fica menos sujeita aos picos de corrente resultantes das operações de comutação, prolon- gando o seu tempo de vida útil com benefícios claros nos custos de operação do edifício. 2)Deteção de presença/movimento – pretende-se assegurar que a ilumina- ção só funciona quando é necessária, ou seja, na presença de pessoas. Aqui distinguem-se duas estratégias: a deteção de presença para locais onde as pessoas permanecempor longos períodos de tempo, e os detetores de movimentonos locais onde as pessoas estão apenas de passagemcomo por exemplo corredores, halls, instalações sanitárias e locais de arrumação ou espaços técnicos. Miguel Soares | Diretor Técnico da BEG Portugal e Presidente do Conselho Fiscal da Associação KNX Portugal
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