SEGURANÇA ALIMENTAR 53 No caso dos produtos cárneos e produtos lácteos os perigos químicos alvo de análises nos últimos 5 anos, no LFQ, foram: Dioxinas e PCBs, aflatoxina M1, Hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (PAHs) e Nitratos/Nitritos. Os métodos usados estão no âmbito de acreditação pela NP/EN/ISO/IEC 17025:2018 e cumprem os requisitos regulamentados para o controlo oficial destes compostos. Salienta-se o facto do LSA ser Laboratório Nacional de Referência para as determinações de Dioxinas e PCBs, Micotoxinas e PAHs. Relativamente ao alergénio sulfitos, este é analisado no LBPV do LSA, em carnes e produtos cárneos, camarão e bivalves, produtos hortícolas de origem diversa e produtos de origem vitivinícola, aplicando a legislação em vigor, para estes géneros alimentícios, nomeadamente, Reg. (CE) nº. 853/2004, Reg. (CE) nº. 2073/2005, Reg. (CE) nº. 1333/2008 e Reg. (UE) nº. 1169/2011. O LBPV analisa sulfitos aplicando a técnica de destilação do dióxido de enxofre, seguida de titulação ácido-base e também pela técnica de FCS. Estes métodos encontram-se acreditados pelo IPAC (Instituto Português de Acreditação) e são sujeitos às avaliações periódicas correspondentes. V - CONSIDERAÇÕES FINAIS Concluímos alertando para necessidade de acautelar sistemas de controlo robustos que garantam a segurança alimentar em toda a cadeia, com as autoridades competentes como importantes atores no desencadeamento dos respetivos controlos oficiais. Cada vez mais, com inovação tecnológica digital a interoperabilidade para exercícios de rastreabilidade permitirá ir até à origem dos produtos, agilizando a retirada domercado dos produtos que coloquem em risco os cidadãos, além de travar a fraude alimentar enquanto fenómeno global e sem fronteiras. n 1(http://www.efsa.europa.eu/en/efsajournal/pub/2390) BIBLIOGRAFIA • 2021 Global Nutrition Report in https://globalnutritionreport.org/reports/2021-global-nutrition-report/ • Adams, M.R. and M.O. Moss (2008), Food Microbiology, Royal Society of Chemistry, Cambridge, UK. • Alfaiate, B.; M. Sol, Regulamentação de Carne na alimentação humana - controlo de segurança, Riscos e Alimentos, (2020) 20: 25-31. • Althaus, D., E. Hofer, S. Corti, A. Julmi, and R. Stephan (2012). Bacteriological Survey of Ready-to-Eat Lettuce, Fresh-Cut Fruit, and Sprouts Collected from the Swiss Market. Journal of Food Protection: July 2012, Vol. 75, No. 7, pp. 1338-1341. • ANIL: https://www.anilact.pt/info/actual/sector/item/3305-marcas-de- -queijo-faturam-quase-500-milhoes-de-euros-no-retalho. • Besser, M.S., Systems to Detect Microbial Contamination of the Food Supply. In Forum on Microbial Threats, National Academies Press, 2006, 178 - 189. • Beuchat, L. R., Pathogenic Microorganisms Associated with Fresh Produce, Journal of Food Protection, Vol. 59, No. 2, (204-216). • EFSA Panel on Biological Hazards (BIOHAZ) (2012). Scientific Opinion on the risk posed by Shiga toxin-producing Escherichia coli (STEC) and other pathogenic bacteria in seeds and sprouted seeds. European Food Safety Authority (EFSA), Parma, Italy. • Food and Agriculture Organization of the United Nations (2008). Microbiological hazards in fresh fruits and vegetables. World Health Organization (WHO). Rome, Italy. • Graça, Pedro (2020), Como Comem os Portugueses – alimentação, Fundação Francisco Manuel dos Santos. • Hayaloglu, A. A, Cheese: Microbiology of Cheese, in Reference Module in Food Sciences. Elsevier 2015, pp. 1–11. • Jay, James M., Modern Food Microbiology, 7th Edition, New York: Springer Science + Business, 2005. • Lunadei, L., IV Range Packaging freshness, Italian food materials & machinery, June 2007 (84-86). • Marktest: https://www.marktest.com/wap/a/n/id~2415.aspx. • Melo de Vasconcelos, F. (2022), Fraude alimentar trespassa Fronteiras enquanto fenómeno globalizante, Congresso Internacional Globalizações (S)Em Fronteiras, (29), Centro de Estudos Globais, Lisboa. • Moldão, M. Martins; Empis, José, Manual de Processamentos Mínimos, https://www.spi.pt/documents/books/hortofruticolas/Wcebaf179e0cb2.asp. • Reto, M.; R. Mendes; M. Sol, Plano Nacional de Colheita de Amostras 2013-2018 - seis anos de análise microbiológica-, Riscos e Alimentos, (2019) 17: 30-35. • Ribeiro, Carrapatoso, Sousa, Rocha, Segorbe- Serviço de Imunoalergologia e Serviço Farmacêutico dos Hospitais da Universidade de Coimbra, “Hipersensibilidade a sulfitos em doente atópica”, • Sol, M., O queijo em Portugal - controlo oficial e segurança alimentar, Riscos e Alimentos, (2020) 20: 32-38. • Toldra, F. (2009), Safety of meat and Processed Meat, Springer New York, USA. • Zhuang, Hong; M. Margaret Barth and Thomas R. Hankinson (2003). Microbial Safety, Quality, and Sensory Aspects of Fresh-Cut Fruits and Vegetables. Em: Vijay K. Juneja, John S. Novak, Gerald M. Sapers (2003). Microbial Safety of Minimally Processed Foods. Bocca Raton CRC Press Taylor & Francis Group
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