BF2 - iALIMENTAR

ENTREVISTA 47 Lisboa. O atendimento personalizado, e o facto de cada ponto de venda ter produtos ajustados à região e ao con- sumidor local são, sem dúvida, um fator de sucesso. O nosso compromisso passa, também, por estar presente nas localidades mais remotas, onde as outras insígnias consideram não valer a pena investir. O nosso lema 'Perto e de Confiança' traduz, de forma simples e inequívoca, aos mais de 3000 colaboradores da rede, o objetivo da nossa atividade. Internamente, pro- curamos sempre transmitir que a transparência é a base do sucesso para um negócio sólido e genuíno. Ou seja, aquilo que somos é o que representamos. Tudo acontece num ambiente único de sólida confiança, de forma a garantir uma proximidade para com os nossos consumi- dores, que nos conhecem pelo nome e confiam em nós. A nível de sustentabilidade alimentar, de que forma esta é para vós uma preocupação e como analisam o comportamento dos consumidores para a questão? A pandemia fez aumentar o nosso foco na sustentabili- dade. A consciencialização para a escassez dos recursos naturais tornou-nos mais cautelosos e tudo nos leva a acreditar que a maioria de nós vai cada vez mais preferir marcas que mostrem compromisso com a comunidade e com um futuro mais sustentável, seja na formulação do produto em si, ou na maneira como este se apresenta ao consumidor, com menor presença de plástico e com maior preocupação em incorporar elementos recicláveis. Estamos, por isso, também atentos e comprometidos em continuar a fazer o nosso melhor, em prol, também, do ambiente. Na Convenção da rede, em junho de 2021, esteve em destaque a resiliência do retalho alimentar, sobretudo durante os tempos difíceis da pandemia. Que mossa e balanço faz do impacto desta crise - também eco- nómica - num setor que, na prática, nunca parou? Na nossa área de negócio, não sentimos que esta pande- mia nos tenha afetado financeiramente de forma muito significativa. O retalho alimentar teve de se reorganizar e, acima de tudo, de se reinventar. Vivemos uma realidade jamais imaginada, mas as adversidades despertam capa- cidades que, em circunstâncias normais, teriam ficado adormecidas. Realizámos todos os esforços para conseguir dar resposta ao aumento de procura, que registámos tanto nas nossas lojas da rede Aqui é Fresco, como nos cash’s dos nossos associados. Também o comércio tradicional, de proximidade, ganhou cada vez maior importância não só para a economia nacional, mas principalmente local – por exemplo, as grandes compras mensais foram substituídas por deslocações mais regulares e emmenor quantidade, no estabelecimento do bairro, sem necessi- dade de grandes deslocações e ajuntamentos. Como se adaptarama estes novos tempos, sendo que o lema da proximidade tambémmudou um pouco com o incremento do comércio digital? Desde sempre que acompanhamos o nosso consumidor e as suas necessidades, contudo, a pandemia obrigou a que a nossa capacidade de reação fosse imediata. Apoiámos e incentivámos as nossas lojas a adotarem uma série de medidas, de forma a irem ao encontro das necessidades mais básicas dos seus clientes. A maioria passou a disponibilizar serviços até à data inexisten-

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