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DOSSIER ENOLOGIA | ENTREVISTA 23 Após anos de interregno, esta edição de 2024 promete ser “um evento inovador e ousado”. Que novidades, a nível de produtos e equipamentos, serão apresentadas e como perspetiva a evolução deste setor em Portugal, comparativamente ao mercado B2B europeu (e espanhol, em concreto)? Esta edição trará uma oferta diversificada de produtos e equipamentos inovadores. Prevemos apresentações de tecnologias de precisão, novas soluções para a gestão de colheitas e processos de vinificação, além de produtos voltados para a sustentabilidade ambiental. Em relação à evolução do setor em Portugal, acreditamos que estamos alinhados com as tendências europeias de forma positiva, com um foco crescente na qualidade, sustentabilidade e diferenciação. No mercado B2B espanhol, reconhecemos a relevância histórica, mas vislumbramos a oportunidade de partilhar conhecimento e fortalecer laços comerciais que enriqueçam ambas as partes. Em que medida é hoje a tecnologia fundamental para reforçar o tecido empresarial na viticultura e enologia? A tecnologia tornou-se essencial para impulsionar a eficiência e a qualidade no setor. Desde sistemas de monitorização de colheitas, passando por avanços na vinificação, a tecnologia permite não só aprimorar processos existentes, mas também explorar novas fronteiras de inovação. A adoção de tecnologias inteligentes aumenta a produtividade, mas também permite a personalização e a adaptação às exigências de um mercado em constante mudança. A Enotécnica “destaca-se como um evento único que reflete a importância de todo o cluster, impulsionando assim o setor”. Como pode a indústria nacional de vinhos dinamizar mais este cluster, com vista a crescer em negócios, competitividade, reconhecimento dos fabricantes e marcas e internacionalização? A indústria nacional de vinhos tem todo o potencial para fortalecer significativamente este cluster. A promoção de uma imagem unificada e de qualidade dos vinhos portugueses no mercado global é essencial para garantir reconhecimento, competitividade e internacionalização, destacando não só as marcas individuais, mas também a excelência do setor como um todo. Além disso, destacamos ainda a importância das colaborações entre todos os intervenientes. Iniciativas de colaboração para pesquisa e desenvolvimento, partilha de melhores práticas e investimento em programas de educação e formação podem catalisar o crescimento do setor. Por essa razão, priorizámos, nesta edição, parcerias que têm vindo a desempenhar um papel crucial no setor. São nossos parceiros a Universidade de Trás-osMontes e Alto Douro (UTAD) e a Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP), que têm desempenhado um papel importante nas práticas amigas do ambiente. Destaca-se a UTAD, que criou de raiz o projeto Vine&Wine, que não posso deixar de destacar. A indústria nacional de vinhos tem um vasto potencial para dinamizar ainda mais este cluster em parceria com iniciativas como este projeto. Com um investimento substancial de quase 80 milhões de euros nos próximos três anos, sendo que 41 milhões são financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), esta é uma oportunidade significativa. Ao focar em inovação, sustentabilidade e competitividade, o Vine&Wine Portugal tem o objetivo de impulsionar o crescimento sustentável das empresas do setor. Este investimento direcionado proporciona um cenário ideal para elevar a qualidade, reconhecimento e internacionalização das marcas, posicionando-as de forma mais competitiva no mercado global de vinhos. n Temas como sustentabilidade, automatização e digitalização estarão em destaque, refletindo a crescente necessidade de práticas mais eficientes e ecológicas A adoção de tecnologias inteligentes aumenta a produtividade e permite personalização e adaptação às exigências de um mercado em constante mudança

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