BA8 - Agriterra

5 EDITORIAL Nesta edição, a revista Agriterra dá destaque a duas culturas que em Portugal somam e seguem nos caminhos da sustentabilidade e inovação. Falamos da viticultura e dos frutos secos. No caso da vinha, fomos perceber, do Douro ao Alentejo, onde e como é visível essa sustentabilidade, tão apregoada nos dias de hoje. Falámos com vários produtores e quintas que implementam medidas ‘verdes’ e usam ferramentas que ajudam a trilhar esse caminho. Desde a rega gota-a-gota, passando pela diminuição de pesticidas, o uso racional da água até à utilização das energias renováveis. São vários os exemplos que encontrámos e que comprovam que a viticultura portuguesa há muito que percebeu que o futuro tem de ser sustentável. O Alentejo tem provas dadas e assume-se como exemplo a seguir, tendo sido a primeira região do País a criar um Programa de Sustentabilidade em que a certificação é cada vez mais um 'cartão- -de-visita' para distinguir o ‘trigo do joio’. Nos frutos secos, o panorama também é animador, e Portugal tem dado cartas nos últimos anos, com destaque para o amendoal e o nogueiral, que crescem a bom ritmo. Traçamos, nesta edição, o diagnóstico do setor com alertas para a disponibilidade da água e a exigência de uma gestão eficiente que impacta na rentabilidade das culturas. Fomos ainda conhecer os projetos da Veracruz – atuais e futuros –, uma empresa que lidera na inovação do amendoal e que tenciona, a curto prazo, deixar de ser apenas produtor e passar também a transformar e comercializar. Conte ainda nesta edição com as reportagens da Feira Nacional de Agricultura e da Expoflorestal, das quais a revista Agriterra foi media partner, e com um dossier dedicado à importância do Green Deal para a agricultura portuguesa. Em pleno verão, desejamos a todos os nossos leitores, anunciantes e parceiros excelentes férias, se for caso disso, e com renovadas energias! Continue a acompanhar toda a atualidade que marca o setor agrícola em www.agriterra.pt Vinhas e frutos secos cada vez mais sustentáveis Nufarm Portugal aposta na formação agronómica da UTAD Pela primeira vez, uma empresa do setor agrícola estabelece um protocolo com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) para apoiar a formação de dois estudantes que frequentem o programa doutoral internacional 'AgriChains - Cadeias de Produção Agrícola'. Assinado recentemente entre a UTAD e a Nufarm Portugal, este protocolo de cooperação prevê o financiamento de duas bolsas de doutoramento e a possibilidade de os doutorandos usufruírem das infraestruturas da Nufarm, quer em território nacional, quer no estrangeiro, para desenvolvimento de novos produtos. “Além de funcionar como uma via de atração de alunos para o doutoramento AgriChains, esta parceria com uma empresa de referência do setor pode potenciar o desenvolvimento de estudos em áreas estratégicas da Nufarm, com uma forte componente de inovação e investigação aplicada na área das ciências agronómicas”, sublinha Henrique Trindade, diretor do programa doutoral. A proteção de culturas agrícolas está “em revolução” com o desenvolvimento de novas soluções (muitas vezes, de natureza biológica). É esse processo que poderá sedimentar a relação entre a academia transmontana e o tecido empresarial. “Os trabalhos que venham a ser propostos serão decididos de acordo com os interesses da Nufarm, a motivação dos estudantes e a capacidade de orientação dos docentes da UTAD. A título de exemplo, poderão incidir em aspetos como a avaliação da eficácia de novas substâncias, dos seus mecanismos de ação sobre os agentes patogénicos, dos mecanismos de defesa que desencadeiem nas plantas ou o seu impacto em outros organismos e meio ambiente”, refere Henrique Trindade.

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