AGROFLORESTAL: RADIOGRAFIA DO SETOR 91 a floresta é gerida em todas as suas vertentes, incluindo a vertente ambiental. Esta realidade tem de ser considerada nas políticas nacionais, elaborando estratégias promotoras das alterações que se pretendem atingir, mas não por via da penalização, que na maioria das vezes conduz ao abandono ou à alteração de uso do solo, quando a mesma é legalmente possível. FalandodaUNAC e do seu trabalho, que objetivos teme que radiografia sepode traçar daflorestamediterrânica? Os objetivos da UNAC são a proteção da floresta mediterrânica e o desenvolvimento do mundo rural, promovendo e defendendo os interesses económicos e sociais da região em geral e dos seus associados. Para isto, em conjunto com as seis organizações de produtores florestais filiadas, abrange uma área de intervenção superior a 700.000 ha no centro e sul do País, onde promove, desenvolve e apoia todas as ações conducentes à defesa dos direitos da propriedade privada, à valorização económica dos espaços florestais, à promoção dos sistemas produtivos cortiça, lenho e fruto, à integração dos espaços florestais no desenvolvimento rural, à valorização socioeconómica do espaço florestal e da sua função ambiental e ao fomento da biodiversidade. Em que projetos estão envolvidos? Tendo por objetivo aumentar o conhecimento disponível e dar respostas aos problemas dos proprietários florestais na gestão dos sistemas agroflorestais mediterrânicos, a UNAC tem estado envolvida em diversos projetos de I&D, nos quais assegura a interface Investigação – Proprietário florestal e faz depois a tradução e transferência dos resultados para a aplicação prática. Os grupos operacionais dedicados ao sobreiro e ao pinheiro manso são disso um exemplo recente, que permitiu obter resultados para a fertilização racional destas espécies, e para a prevenção de pragas e doenças. Também ao nível dos mercados emergentes, como serão o pagamento de serviços de ecossistema, liderámos o projeto ECOPOL com o IST – Instituto Superior Técnico, para a quantificação dos serviços de ecossistema providenciados pelos montados de sobro e de azinho, cujos resultados podem constituir a base para um eco-regime na futura PAC. Por fim, como olha para a floresta portuguesa a longo prazo e que desafios essenciais temos pela frente? A sustentabilidade económica, social e ambiental é o desafio de longo prazo, onde o peso de cada um destes três pilares tem necessariamente de ser equilibrado. n
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