76 OLIVAL que podem durar vários meses dentro das estruturas conhecidas como conidióforos, que formam as manchas circulares descritas acima. Os esporos dispersam-se graças à ação da chuva, o que torna a doença visível especialmente na parte inferior da árvore. A germinação dos esporos é ativada com a presença de água (com humidade superior a 98%) e temperaturas entre 0°C e 27°C (15°C é a temperatura ideal). É importante ter em mente que a incubação da doença dura de 4 a 15 semanas, período em que a única forma de saber se as árvores estão infetadas é aplicar o método da soda cáustica, uma vez que não há presença de sintomas visíveis. A IMPORTÂNCIA DA PREVENÇÃO E O TRATAMENTO DE PRIMAVERA O olho-de-pavão é uma das doenças mais difundidas nos olivais, mas isso não significa que o seu controlo seja uma missão impossível para os olivicultores. Em geral, se a cultura for corretamente monitorizada, se forem aplicadas as técnicas culturais adequadas à sua prevenção e os tratamentos forem realizados a tempo, a doença permanecerá sob controlo durante todo o ciclo da cultura. As técnicas culturais mais habituais e que são realizadas durante os meses que antecedem a primavera são: • Poda adequada para promover o arejamento da copa/sebe das oliveiras. • Fornecer uma nutrição adequada às oliveiras, evitando o excesso de azoto e assegurando a disponibilidade de potássio. • Evitar o encharcamento do solo junto às árvores devido a uma rega mal planeada. Omomento de aplicação dos produtos fitofarmacêuticos para controlar o olho- -de-pavão é crucial. Um tratamento adequado dos olivais na primavera é fundamental para manter o olho de-pavão sob controlo durante todo o ciclo cultural. O tratamento de primavera é importante sob três aspetos: 1. É um tratamento preparatório que ajuda a oliveira a chegar à fase de floração em boas condições, uma fase que ditará emmuito o potencial produtivo da campanha. 2. Este tratamento coincide com o período de infeção do fungo, sendo o momento ideal para o seu controlo. 3. É geralmente um tratamento preventivo que favorece a não infeção no outono, uma vez que atua nas novas folhas na primavera, as quais serão as eventuais responsáveis pela posterior infeção. É importante notar que as variáveis do tratamento (frequência, dose e momento de aplicação) dependem das caraterísticas climáticas de cada parcela, da suscetibilidade do olival e do nível de infeção. Neste primeiro tratamento, são geralmente utilizados fungicidas cúpricos a par com fertilizantes foliares para favorecer o crescimento da oliveira na primavera. Na aplicação do tratamento é conveniente garantir que toda amassa foliar da oliveira é coberta pela pulverização, com especial atenção à parte inferior da copa/sebe, zona que é mais sensível e commaior concentração de infeção. SOLUÇÕES SYNGENTA PARA O CONTROLO DO OLHO-DE-PAVÃO A Syngenta possui no seu portofolio várias soluções para o controlo do Olho-de-pavão: o Cuprocol, o Cuprantol Duo e o Amistar Top. O Cuprocol é um fungicida composto pela substância ativa cobre (sob a forma oxicloreto), de superfície, multisite, que atua em diversas enzimas e que possui atividade preventiva. O Cuprantol Duo, um fungicida cúprico (nas formas de hidróxido de cobre e de oxicloreto de cobre), com ação preventiva e com uma persistência de 7 a 10 dias. Inibe vários processos metabólicos atuando em diversos enzimas que impedem a germinação dos esporos dos fungos. O Amistar Top é um fungicida sistémico formulado emmistura pronta à base de azoxistrobina e difenoconazol, com dois modos de ação distintos, que atuam de forma sinérgica no controlo de um amplo espectro de fungos. n
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