ENTREVISTA 65 do solo, ajudam a fixar o azoto e, portanto, evitam que seja necessário adicionar azoto de síntese aos campos. Este foi o nascer da Fertiprado, com este conceito das misturas biodiversas ricas em leguminosas. Temos uma ampla gama de misturas, que se adaptam aos diferentes climas, aos diferentes tipos de solo, e inclusivamente ao tipo de animais. Esses conceitos depois evoluíram e agora temos misturas biodiversas também para fazer cobertura de solos, para fazer cobertura de entrelinhas de culturas principais, como o olival, o amendoal, a vinha. Fazemos proteção de solo com essas misturas de cobertura. É uma outra aplicação do conceito da mistura biodiversa que nasceu para as pastagens e forragens, que foi um conceito disruptivo a nível mundial, um ovo de Colombo, digamos, neste setor. Porque é que a Fertiprado decidiu ser sócia fundadora do laboratório colaborativo (CoLAB) InnovPlantProtect (InPP)? Além do conceito da mistura biodiversa, a Fertiprado distingue-se por apoiar os seus clientes com atividades de pré e pós-venda. Nestas atividades que realizamos muito junto dos agricultores, de forma presencial, deparamo-nos com situações de pragas e doenças para as quais queremos estar habilitados a dar as respostas concretas e objetivas que os clientes se habituaram a receber da Fertiprado. Por outro lado, a nossa direção de Investigação e Desenvolvimento também se pauta por procurar continuamente produtos e soluções cada vez mais resistentes às pragas e que sejam capazes de as combater. Por estas duas razões, a associação com o laboratório colaborativo faz todo o sentido, na medida em que um dos objetivos principais do InnovPlantProtect é justamente analisar, investigar e encontrar soluções para estas pragas e doenças. Assim, podemos partilhar e complementar know-how, e encontrar as soluções que os nossos clientes esperam de nós. Mas foi logo óbvio, desde o início, que tinhamde integrar o CoLAB? Foi óbvio, de facto; por vários motivos. A Fertiprado há muito que colabora com outras instituições que fazem parte do CoLAB, como o INIAV, por exemplo, como o ITQB, a Faculdade de Ciências e Tecnologia... os parceiros não são novos. Também trabalhávamos já com o Pedro Fevereiro noutros projetos e, portanto, conhecíamos bem o potencial e a qualidade dos parceiros com quem nos estávamos a envolver. E, de facto, dado o impacto das pragas e doenças na nossa atividade diária, e o valor que sabíamos que podíamos trazer “A associação ao InnovPlantProtect permite-nos encontrar soluções para os problemas do agricultor”.
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