BA7 - Agriterra

16 ARROZ EM PORTUGAL Nova variedade: Caravela. sucessiva eliminação de substâncias ativas dos produtos fitofarmacêuticos, e as limitações na disponibilidade de água dificultam a obtenção de boas produtividades na cultura”, enumera. Por tudo isto, e conhecendo as dificuldades da fileira, no processo de construção da Agenda de Investigação e Inovação do Arroz, dinamizada pelo Centro de Competências do Arroz – COTARROZ, e que contou com a participação das várias entidades do setor orizícola nacional, desde a produção ao consumidor, passando por instituições ligadas à investigação e ao ensino, com um forte envolvimento da indústria, “foi possível fazer um diagnóstico das principais necessidades deste setor, para as quais a investigação e inovação poderão trazer um contributo”. Uma necessidade importante que foi possível diagnosticar “tem a ver com a inexistência de variedades portuguesas competitivas no mercado durante muitos anos, só colmatada muito recentemente com a inscrição de 4 variedades portuguesas desenvolvidas pelo Programa Nacional de Melhoramento Genético do Arroz do INIAV/COTARROZ. As variedades semeadas em Portugal são de origem italiana ou espanhola. Assim, uma das necessidades identificadas pelo setor é que existam no Catálogo Nacional de Variedades, mais variedades nacionais competitivas”. Também a adaptação às alterações climáticas, através do desenvolvimento de variedades mais adaptadas às condições extremas e mais resistentes a doenças e pragas, bem como a redução do consumo de água, “são desafios bem presentes”, sublinha Lourenço Palha. A modernização do setor através da incorporação de tecnologia e novos conhecimentos é também um dos grandes desafios identificados na Agenda de Inovação. A eficiência do uso da água e nutrientes, assim como do uso de energia e a adequação de itinerário técnico a cada exploração e às especificidades de cada ano são cada vez mais fundamentais para a competitividade da cultura. DIFERENCIAÇÃO E VALORIZAÇÃO DO ARROZ NACIONAL A diferenciação e a valorização do arroz nacional foram também identificadas como um desafio fundamental, sendo assim necessária uma estratégia de promoção institucional para o arroz no mercado nacional. Existem produtos diferenciados com elevado valor acrescentado no setor do arroz (Produção Integrada - PRODI, IGP), contudo, “as campanhas de promoção do nosso arroz carolino são escassas e pouco abrangentes”, diz o responsável do COTArroz-CC. Neste contexto, “um projeto de promoção institucional do arroz europeu, desenvolvido pela Casa do Arroz e que envolve três países produtores (Portugal, França e Itália), tem vindo a dar a conhecer e promover um produto de excelência, que está próximo e que é sustentável do ponto de vista da produção”. As alterações climáticas são, como já se referiu, outro enorme desafio, e já se fazem sentir, principalmente, devido à escassez de água. “Nas zonas proC M Y CM MY CY CMY K

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