BA6 - Agriterra

Tiago Costa, CEO Agricultural Business da Sogepoc. 80 FRUTOS SECOS EXPORTAÇÃO PARA A EUROPA É A GRANDE APOSTA A unidade de processamento deverá gerar “cerca de 100 postos de trabalho permanentes e também alguns temporários”, é um dos elementos da estratégia de “diversificação” da sociedade familiar e representa um investimento de “6,9 milhões de euros”, explica o responsável, adiantando que, desse investimento, 1,7 milhões de euros foram financiados pelo programa COMPETE 2020, em função da “inovação produtiva” que representa a unidade. “Como vamos, de certa maneira, substituir a oferta americana no mercado europeu, que importa bastante noz, e nós próprios [Portugal] somos capazes de importar 70% do que consumimos, pretendemos ter uma oferta diferenciada que nos dá a perspetiva de vir a faturar entre 20 a 25 milhões de euros com esta unidade”, afirmou o diretor executivo na altura da inauguração da unidade. Além da compra de noz a outros produtores nacionais, a Nogam quer igualmente estabelecer “parcerias com produtores chilenos”, que irão permitir complementar a colheita portuguesa com “colheita de contra estação do Chile”. “Vamos ser os únicos capazes de entregar noz fresca todo o ano, acabada de partir”, Tiago Costa, Nogam Esta é uma aposta fortemente vocacionada para a exportação, que deverá representar “60% a 70%” das operações da fábrica”, a qual, apesar de estar a posicionar-se “também para o mercado português”, tem como objetivo “substituir a oferta americana” para mercados fortemente importadores, “nomeadamente Espanha, Itália e Alemanha”, oferecendo assimmuito mais sustentabilidade, rastreabilidade e rapidez, devido à proximidade. A empresa vende, por exemplo, para mercados abastecedores – “para Portugal também”, lembra o responsável –, com casca para Espanha e Itália e miolo para a Alemanha. “Por um lado, vamos conseguir substituir a oferta americana, por outro, ao importar noz chilena com casca, vamos ser nós a parti-la aqui e a conseguir entregar aos clientes um produto mais fresco”, explica o responsável da Nogam. Isto porque o trajeto dos frutos entre os Estados Unidos e a Europa “dura cerca de 40 dias” e a

RkJQdWJsaXNoZXIy Njg1MjYx