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42 CITRINOS EM PORTUGAL Citricultura: setor teme situação crítica em 2022 e reclama cadastro O aumento dos custos de produção, a situação crítica da água, a falta de mão-de-obra e as pragas e doenças que afetam os pomares são os principais problemas diagnosticados pelo setor. O Algarve representa 90% da produção nacional sendo que a exportação ronda os 25%. Falamos com José Oliveira, Presidente da Direção da AlgarOrange - Associação de Operadores de Citrinos do Algarve, que traça um diagnóstico no terreno e, entre outros desafios, reclama um cadastro para a Citricultura portuguesa, essencial para tornar a cultura mais competitiva. Ana Clara A União Europeia (UE) é o terceiro produtor mundial de citrinos com cerca de 6 500 000 toneladas, sendo que Espanha e Itália representam cerca de 80% da sua produção. Portugal, Grécia e Chipre representam o restante. Já os dados mais recentes conhecidos, que respeitam à campanha 2020/2021, dão conta de que, no nosso País, a produção cresceu cerca de 20%, sendo o calibre da fruta médio e a qualidade razoável, diz-nos José Oliveira, Presidente da Direção da AlgarOrange, que começa por contextualizar o enquadramento da produção nacional. A pandemia, apesar de tudo, não provocou mossa relevante nos citrinos, ainda que tenha havidos constrangimentos naturais. “Costumava dizer que, de 2019 para 2020, o nosso setor estaria numoásis dentro da desgraça que atingia a economia nacional. Efetivamente, gerou-se uma perceção da parte do consumidor que a Vitamina C e os citrinos seriam uma alternativa para contrabalançar o vírus, e isso levou a uma grande procura por parte do mercado de citrinos, na Europa e em Portugal. Foi um excelente momento para o setor (campanha 2019/2020)”, recorda José Oliveira, também Presidente da CACIAL – Cooperativa Agrícola de Citricultores do Algarve . Em 2021, já em plena pandemia, a história não foi bem assim: “houve menos procura, a produção equilibrou para o normal, com os preços a ajustarem-se”. Nesse ano, lembra o produtor, “produziu-se e vendeu-se dentro da normalidade”, sendo que “o setor nunca foi atingido pela crise, bem como o escoamento”. Em termos de produção, por exemplo, em 2020, Portugal registou à volta de 420 mil toneladas, só no Algarve foram 368 mil toneladas (90% do total do País), comprovando o estatuto da região como líder na produção nacional. Já os valores da exportação, indica José Oliveira, rondam os 25%. Para isso também contribuiu a exportação para a Alemanha, iniciada há dois anos, através da cadeia de super-

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