30 PRAGAS E DOENÇAS NA FRUTICULTURA FITOAGRO Este projeto, que se focou empragas e doenças de pomóideas, teve por objetivo estudar os ciclos de vida das novas pragas e doenças emergentes, para as quais ainda não estão definidas metodologias de estimativa do risco e NEA; ensaiar métodos de luta biotécnica e biológica, baseada essencialmente na captura em massa, confusão sexual, reguladores de crescimento, bioinseticidas, etc., e desenvolver uma plataforma com dados georreferenciados e de modelos, facilmente divulgada e analisada pelos técnicos e agricultores (SMS, portal, boletins digitais) para investigadores e serviços oficiais (podendo facilitar a exportação para fora da UE). Em termos do último ponto foi possível a recolha de dados em formato digital, através de uma aplicação móvel, e a integração de dados meteorológicos, através da criação e associação a cada parcela de estações virtuais. Graças a esse trabalho prévio, foi então possível criar uma plataforma de visualização interativa de dados que permite monitorizar os dados meteorológicos de cada estação e associados a cada parcela, analisar os dados recolhidos no campo pelos técnicos em diferentes parcelas e anos e que inclui uma solução de visualização original, para analisar visualmente o ajuste dos ciclos de vida das pragas às observações fitossanitárias registadas, sendo esta solução replicável para diferentes pragas e modelos. Como trabalho futuro, pretende-se continuar o desenvolvimento de visualizações para outras pragas e integrar o feedback técnico dos cientistas e técnicos do projeto na seleção de modelos, permitindo assim a geração de mapas de risco. Foi ainda possível fazer alguns ensaios de controlo biológico de algumas pragas (lepidópteros) e cujos resultados serão apresentados brevemente num Dia Aberto que terá lugar emmarço. FRUTIFLYPROTEC Este projeto aborda métodos alternativos para o controlo de moscas da fruta. Assim, e para a drosófila, está a ser testada técnica de atração- -repulsão, em condições de campo, comparando 3-octenol e limoneno, como repelente, e usando armadilhas com isco alimentar como atrativo. Paralelamente, já são conhecidos predadores generalistas e comuns que se alimentam de D. suzukii, como mosca-tigre, crisopas, hemerobídeos, antocorídeos, estafilinídeos, carabídeos, bicha-cadela, aranhas e parasitóides que urge preservar no ecossistema. Estão já disponíveis, comercialmente, parasitóides autóctones, assim como BIBLIOGRAFIA Vários, 2021. Grupos Operacionais de Fruticultura no período 2018-2022. COTHN-CC. ISBN: 978-972-8785-18-5 soluções microbiológicas que apresentam intervalo de segurança de 0 dias e, portanto, compatíveis com a colheita frequente. A gestão dos hospedeiros alternativos em redor das explorações é fundamental, pois alguns são hospedeiros de espécies benéficas, cruciais para a proteção biológica de conservação; outros, apesar de serem atrativos para postura, não permitem o desenvolvimento do ovo ou da larva e são, por isso, considerados como plantas armadilha. Estes últimos podem ser usados em sebes junto às parcelas de cultura. Entre estas plantas, estão Prunus lusitanica e Prunus padus (azereiro), Phytolacca americana (tintureira), Pyracantha coccinea (piracanto) e Rubia tinctorum (granza). Os estudos sobre o efeito de voláteis que atraem ou repelem D. suzukii, no sentido de os usar em diferentes táticas, devem também ser considerados na integração de meios de proteção da cultura. A pulverização das plantas para repelir posturas, o aumento da eficiência da captura em massa, a implementação de soluções de atração-repulsão, combinando repelentes na parcela de cultura e atrativos no seu exterior, ou de atração e morte com estações armadilha, usando uma combinação de volátil e inseticida, são exemplos de soluções de sua aplicação prática. n
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