BA6 - Agriterra

18 PRAGAS E DOENÇAS NA FRUTICULTURA Fruticultura: doenças e pragas, uma ameaça constante A Fruticultura tem registado uma enorme evolução nas últimas décadas em Portugal. No vasto âmbito da agricultura nacional, o setor carateriza-se por uma enorme volatilidade, resultante da grande exposição a fatores de natureza climática e económica, “condição que deverá estar sempre presente na análise da sua evolução (GPP, 2011)”. Um desses fatores são as pragas e doenças que, associadas às alterações climáticas, impactam, e muito, o rendimento da atividade. Passamos em revista algumas das principais doenças e pragas que afetam a Fruticultura portuguesa e também a melhor forma de as tratar. Ana Clara POMÓIDEAS Comecemos pelas pomóideas (maçã, marmelo e pera), em que se consideram as seguintes espécies como as principais pragas a nível nacional: • Ácaros: aranhiço vermelho (Panonychus ulmi Koch) • Afídeos: afídeo ou piolho cinzento (Dysaphis plantagínea), afídeo ou piolho verde (Aphis pomi De Geer) e Pulgão lanígero (Eriosoma lanigerum Hausm). • Cochonilhas: cochonilha de São José (Quadraspidiotus perniciosus Comst) • Dípteros: mosca do mediterrâneo (Ceratitis capitataWied) e cecidómia (Dasineura pyri Bouché) • Lepidópteros [bichado da fruta Cydia (=Laspeyresia) pomonella L e mineiras (Lythocollethis blancardella F., Lythocollethis coryfoliella Haw., Leucoptera scitella Zell. e Lyonetia clerkella L.)] • Homópteros: psila (Cacopsyllapyri L.). A Estação Entre Douro e Minho emite regularmente Avisos Agrícolas sobre as doenças da fruta e ajuda-nos a perceber algumas medidas preventivas que devem ser aplicadas face às doenças existentes. Pedrado da macieira e da pereira No caso do Pedrado da macieira e da pereira (Venturia inaequalis/Venturia pyrina), de acordo comaquela Estação, “existe risco de contaminações primárias, durante a ocorrência de períodos de chuva, a partir do estado C-C3 (BBCH 53-54) nas macieiras e do estado C3-D (BBCH 53-54) nas pereiras”. É recomendado o acompanhamento do desenvolvimento das árvores e deve ser aplicado um fungicida apenas se, localmente, estiverem reunidas as condições para as infeções (recetividade das árvores e previsão da ocorrência de chuva). Devem ser feitos tratamentos preventivos, com produtos de contacto ou de superfície, antes da chuva, com tempo seco, aplicando caldas à base de captana, cobre, hidrogenocarbonato de potássio, mancozebe, metirame. Nas 36 horas seguintes ao início de um período de chuva, podem ser aplicados produtos à base de ditianona, ditia-

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