BA5 - Agriterra

14 CEREAIS que o 'produzir mais commenos' seja cada vez mais uma realidade. Esta dinâmica é absolutamente essencial, não só por uma questão de rentabi- lidade, mas também para atingir a sustentabilidade que o planeta pre- cisa, e para dar corpo às aspirações da Comissão Europeia, nomeadamente no que se refere ao 'Green Deal'. Estes objetivos só se conseguirão concre- tizar com o aumento e estabilidade da produção e uma muito eficiente utilização dos recursos, quer sejam água, energia ou fertilizantes. A ino- vação tecnológica é o único caminho para a sustentabilidade económica e ambiental. A missão do CEREALTECH é precisa- mente, e agora que as necessidades do setor estão identificadas, "promover o trabalho em rede e a integração da fileira, capacitar e disseminar a infor- mação, contribuindo assim para a inovação e incorporação de conhe- cimento nas empresas e organizações do setor agrícola", reforça o Presidente da ANPOC. A formação técnica que a ANPOC tem levado a cabo nos últimos anos, que agora fica debaixo do 'chapéu' do CEREALTECH, "é o exemplo máximo deste trabalho", sustenta. MAIS DE 100 AGRICULTORES E TÉCNICOS FORMADOS No âmbito do CEREALTECH há várias ações e eventos previstos. A formação técnica para os cereais de outono/inverno é uma das ações mais emblemáticas. Esta iniciativa vai já na 5ª edição e conta com inúmeros parceiros, como o INIAV e o IPBeja, o IPMA e muitas outras entidades e empresas que, ano após ano, "nos mostram o que há de novo no setor". "Tem por objetivo formar os agricul- tores em contexto real. A formação, apoiada no acompanhamento de parcelas específicas ao longo do ano agrícola, está focada na otimização dos fatores de produção ao longo das diferentes fases vegetativas dos cereais, em função do potencial dessas par- celas; e orientada para a estabilidade e rentabilidade das produções. Não contando com esta 5ª edição, que teve de ser interrompida por causa A missão do CEREALTECH visa “promover o trabalho em rede e a integração da fileira, capacitar e disseminar a informação, contribuindo para a inovação e incorporação de conhecimento nas empresas e organizações do setor agrícola”, diz José Palha da pandemia de Covid-19 e que vai ser agora retomada, já formámos mais de 100 agricultores e técnicos". Destaque também para a LVR – sigla de Lista de Variedades Recomendadas –, uma iniciativa também ela agora integrada no CEREALTECH, que visa a identificação das variedades de cereais que melhor se adaptam às principais zonas produtoras de cereais emPortugal e que melhor servem os interesses de todos os intervenientes da fileira. Estas recomendações conduzem, assim, à produção de lotes homo- géneos e de maior dimensão, de elevada qualidade e perfeitamente adaptados às necessidades de trans- formação da indústria. José Palha informa que acabaram de ser lan- çadas as LVR 2021/2022 para o trigo mole e trigo duro. “Destaco, igualmente, a organização do Dia do Agricultor, umdia de campo que reúne investigação, produção, indús- tria e distribuição para mostrar o que de melhor se faz em Portugal, quer ao nível da inovação, quer ao nível da valorização da produção portuguesa. Finalmente, temos também partici- pado nas feiras do setor. Na FNA, em conjunto com os outros Centros de Competência, e na Agroglobal, em conjunto com o InovMilho”, afirma, lembrando que todas estas ações e eventos têm uma dinâmica anual e "os impactos são muito positivos. Iremos, naturalmente, manter este nosso trabalho". n

RkJQdWJsaXNoZXIy Njg1MjYx