BA3 - Agriterra
68 MAQUINARIA Setor das alfaias de pequena dimensão revela acentuada resiliência A crise sanitária tem afetado, à escala global, todos os quadrantes da atividade económica. E se a produção agrícola não se compadece com Estados de Emergência, a construção de máquinas e de instrumentos para a lavoura prosseguiu em laboração, acompanhando o ininterrupto trabalho no campo. Sem o fabrico de tratores em Portugal, a grande força motriz agroalimentar, e sem alfaias não há produção, pelo que os construtores nacionais continuam a demonstrar acentuada resiliência à adversidade. Há qualidade e muita variedade. A Agriterra faz uma síntese do que pode ser encontrado de Norte a Sul do País. Carlos Branco Os dados não enganam: a agricultura tradicional portuguesa está em trans- formação; é menos de cariz familiar e mais empresarial, razão pela qual é mais mecanizada, requerendo menos mão de obra; ainda que seja menor o número de explorações agrícolas, a dimensão média destas aumentou, da mesma forma que também cresceu a superfície agrícola utilizada; e está muito mais especializada que outrora e também mais biológica. Tem cres- cido a superfície irrigada, os fatores de produção já alcançam o patamar científico em detrimento daquele que, até então, era tão-só empírico. Deixando de lado alguns condicio- nalismos de mercado, a produção é maior e rende mais. Em síntese, estão estas entre as grandes conclusões do mais recente recenseamento agrícola (2019), apresentado no final de 2020, da responsabilidade do Instituto Nacional de Estatística (INE).
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