BA3 - Agriterra
ENTREVISTA 65 No que respeita aos tratores, 2020 foi um ano difícil, afetado pela nossa mudança de estrutura organizacional interna. Mudámos completamente a nossa estratégia a curto e longo prazo para estarmos mais próxi- mos do cliente. Este ano, estamos confiantes de que vamos iniciar um processo de recuperação gradual. Nas equipas das colheitas introdu- zimos também mudanças, com a criação de uma nova estrutura. A campanha de 2020 foi muito posi- tiva e conseguimos recuperar a quota de mercado em comparação com o ano anterior. Estou confiante de que iremos melhorar estes resultados no futuro. Relativamente ao negócio das alfaias agrícolas, tivemos tam- bém um bom resultado. Os investimentos que a empresa fez permitiram-nos aumentar a nossa quota de mercado e temos muito espaço para um maior crescimento. A nova organização de gestão na Península Ibérica está relacionada com os resultados obtidos no ano passado, especialmente no mercado dos tratores? Já tínhamos planeado fazer mudanças em algumas equi- pas, o que também envolve oportunidades para alguns profissionais assumirem outras responsabilidades. No caso de Francesco Zazzetta, é um profissional muito expe- riente dentro da empresa e o novo cargo para o qual foi nomeado é também um desafio. A sua chegada aconte- ceu na altura certa, emmeados do ano passado, e desde então reorganizou a equipa, reforçando-a com a chegada de profissionais como Alfonso Lorenzi, o novo diretor de Marketing, com o foco de melhorar os resultados. Quais são os objetivos para este ano, em termos de números e a nível estratégico? No segmento da colheita, pretendemos ser líderes na Europa. 2021 é um ano em que temos de começar a implementar os nossos investimentos em produtos e soluções tecnológicas. Nos tratores, queremos recuperar o terreno perdido em Espanha e noutros países europeus e, ao mesmo tempo, consolidar a nossa posição de liderança em Itália, Portugal, Holanda, Bélgica, Dinamarca, Polónia ou Ucrânia. Vemos uma grande oportunidade em culturas especiali- zadas, para as quais temos uma vasta gama de produtos. Já somos líderes neste segmento, com uma presença significativa no sul da Europa, mas ainda temos espaço para crescer em 2021. Para alcançar estes objetivos, a rede de concessio- nários desempenha um papel fundamental. Um dos seus mais importantes concorrentes anunciou uma profunda reestruturação da sua rede de gestão e dis- tribuição. Quais são os vossos planos nesta matéria? O mais importante na distribuição atualmente é ter uma organização profissional e moderna. Vemos que as neces- sidades dos clientes estão a evoluir e esperam um serviço muito mais eficiente, com padrões mais elevados em ter- mos de tecnologia, bem como terem bons consultores quando se trata de investimentos em produtos. Estamos, portanto, concentrados no desenvolvimento de um pro- grama centrado numa rede de revendedores profissionais, particularmente na área relacionada com serviços de gestão e manutenção (PLM). Estamos a trabalhar com os nossos concessionários para podermos contribuir para obter grandes benefícios através de melhores serviços de conectividade. Acredito que na Europa, a New Holland tem a melhor cobertura em termos de proximidade do cliente, com a nossa estratégia de ‘Full Line’ e uma extensa rede de concessionários. Para nós, será fundamental que os concessionários saibam como evoluir para se adapta- rem à evolução das necessidades dos clientes, no serviço pós-venda e agricultura de precisão. Considera que a atual Rede de Concessionários está em condições de responder aos novos desafios exi- gidos pela digitalização e pelas tecnologias ligadas à Agricultura 4.0? Estamos preparados para que isso aconteça. Vejo a nossa Rede de Concessionários 'famintos' de informação sobre as ferramentas que estão a chegar ligadas à Agricultura 4.0. Na New Holland sabemos que as nossas equipas preci- A New Holland quer expandir ainda mais a sua presença no segmento das ceifeiras-debulhadoras.
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