BA3 - Agriterra
49 REGADIO ARMAZENAMENTO DA ÁGUA É FUNDAMENTAL O Ministério da Agricultura está ciente desta necessidade, tanto que anunciou recentemente o lançamento de um estudo de âmbito nacional, coordenado pela Empresa de Desenvolvimento e Infra-Estruturas do Alqueva (EDIA), para o levantamento das necessida- des de investimento e do potencial de desenvolvimento do regadio coletivo eficiente, numperíodo de investimento até 2030. “Os trabalhos a desenvolver terão em consideração a conjugação de vários fatores, nomeadamente a disponibi- lidade de água, a aptidão dos solos, a viabilidade técnica, económica e ambiental das soluções encontra- das e a vontade e motivação dos agricultores envolvidos”, explicou, recentemente, a ministra Maria do Céu Antunes, em comunicado, acres- centando que este estudo representa “mais um instrumento de reforço do Programa Nacional de Regadios”. A Fenareg reagiu, afirmando que “as soluções estão estudadas. Consideramos que o momento é de ação: decidir e executar” e que “este é o momento de decidir e de executar para não deixar passar esta oportu- nidade única de investir no regadio, com os atuais mecanismos e meios de financiamento disponíveis, nomea- damente, o novo Quadro Comunitário de Apoio e o Plano de Recuperação e Resiliência”. E já depois da publicação do anúncio 12 da Operação 3.4.2 do PDR2020, veio afirmar que o Ministério da Agricultura “inovou, pois irá permitir atempa- damente, realizar o levantamento pormenorizado das necessidades de investimento para a moderniza- ção do regadio existente, recorde-se, a maioria com mais de 50 anos”. Mas a Fenareg defende que não quer que nenhumdos regadios antigos seja deixado para trás neste levantamento para o próximo quadro comunitário de apoio, num trabalho que identi- fica que infraestruturas modernizar e como as modernizar para responder aos critérios de eficiência e sustenta- bilidade atuais definidos pelas metas Green Deal e Diretiva-Quadro da Água. “Equipamentos mais eficientes, anular perdas de água nos canais e condu- tas de abastecimento, soluções de energia renováveis, sistemas de moni- torização e dispositivos hidráulicos para medição e controlo da água, um trabalho exaustivo que permite preparar o próximo quadro comuni- tário de apoio e identificar as soluções técnicas e sustentáveis, antecipando o plano de investimentos a realizar até 2030”, acrescentava a Federação. "É um trabalho fundamental que a Fenareg tem defendido há anos, que infraestruturas de regadio, construí- das há mais de meio século, sejam atualizadas e modernizadas, para assim poderem vir a responder com eficiência e sustentabilidade a mais outras tantas décadas ao serviço da produção alimentar nacional. São estas infraestruturas que asseguram o abas- tecimento de água a mais de 36% das explorações agrícolas de regadio, sejam elas pequenas ou grandes, de agricultura biológica ou de explora- ção familiar". 'PROJETO TEJO' QUER PÔR AS PESSOAS A PENSAR NO MAIOR RIO PORTUGUÊS “O rio está abandonado e isto não pode ser”, diz à Agriterra Miguel Holstein Campilho, vogal da direção da + Tejo – Associação para a Promoção do Desenvolvimento Sustentável do Tejo e administrador da Quinta da Lagoalva, numa conversa onde também par- ticiparam o presidente e agrónomo, Manuel Holstein Campilho, e o vice-pre- sidente, Jorge Avelar Froes, agrónomo e especialista em hidráulica agrícola. “O rio tem de ser aproveitado para toda a população que vive junto dele e para as futuras gerações”, adianta Miguel Campilho. O 'Projeto Tejo' é um plano de fins múltiplos, apresentado em 2018, que pretende tornar o Tejo navegável desde Vila Franca de Xira até Abrantes, para desenvolver o turismo, a piscicultura, manter e expandir a área regada atual no Ribatejo, Oeste e Setúbal. Foto: Visitfoods.
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