BA3 - Agriterra

34 FITOSSANIDADE Novas tecnologias e biopesticidas são suporte para maior sustentabilidade Os objetivos europeus definidos pela estratégia ‘Do Prado ao Prato’ exigem uma aplicação cada vez mais eficiente dos produtos para a proteção das plantas, só possível de atingir através do uso das novas tecnologias. A par desta aposta na agricultura de precisão, os biopesticidas são outra das vias que empresas e produtores têmpara reduzir o impacto ambiental e cumprir as metas da UE. Emília Freire A estratégia ‘Do Prado ao Prato’, apre- sentada há cerca de um ano pela Comissão Europeia, propôs várias medidas para promover um sistema alimentar mais saudável e sustentável, enquadrando-se no Pacto Ecológico Europeu, assegurando que “a transição para um sistema alimentar sustentá- vel terá benefícios para o ambiente, para a saúde e para a sociedade, pro- porcionando ganhos económicos e garantindo a subsistência de todos os setores intervenientes”. Duas destas medidas são a redução do uso de pesticidas em 50% e o reforço da área de agricultura biológica em 25% até 2030. Por outro lado, pretende implementar ferramentas de inova- ção digital nas zonas rurais, através do acesso a banda larga rápida até 2025, reconhecendo o importante papel que as novas tecnologias desempenham na prossecução destes objetivos. Nesse sentido, Ricardo Braga, professor do Instituto Superior de Agronomia (ISA), já tinha dito na edição Nº 1 da Agriterra (no artigo sobre a agricultura de precisão) que a academia, os agri- cultores e o Estado estavam a preparar uma Estratégia para a Digitalização da Agricultura Portuguesa, que permita uma generalização da agricultura de precisão (AP). O especialista em AP adian- tava que tinha sido criado “um grupo de trabalho no Gabinete de Planeamento e Políticas (GPP) [do Ministério da Agricultura] para preparar o Plano Estratégico da PAC e nomea- damente uma Estratégia para a Digitalização da Agricultura Portuguesa (com representantes da agricultura, da investigação e da distribuição), para definirmos como a nova PAC pode ter um contributo decisivo para a generalização da agri- cultura de precisão”. Também a indústria de proteção das plantas reconhece o papel que a AP pode desempenhar. “A agricultura de

RkJQdWJsaXNoZXIy Njg1MjYx