BA22 - Agriterra

62 HORTICULTURA Inteligência artificial e a genética podem ajudar os agricultores a cultivar milho com menos fertilizantes O novo processo utiliza machine learning para revelar grupos de genes que determinam a eficiência com que as plantas utilizam o azoto. Cientistas da Universidade de Nova Iorque estão a utilizar a inteligência artificial para determinar quais os genes que regem coletivamente a eficiência da utilização do azoto em plantas como o milho, com o objetivo de ajudar os agricultores a melhorar o rendimento das suas culturas e a minimizar o custo dos fertilizantes azotados. “Ao identificar os genes importantes para a utilização do azoto, podemos selecionar ou mesmo modificar certos genes para aumentar a eficiência da utilização do azoto nas principais culturas americanas, como o milho”, afirmou Gloria Coruzzi, professora Carroll & Milton Petrie do Departamento de Biologia e do Centro de Genómica e Biologia de Sistemas da NYU e autora principal do estudo, publicado na revista The Plant Cell. Nos últimos 50 anos, os agricultores conseguiram obter maiores colheitas graças a grandes melhorias no cultivo de plantas e fertilizantes, incluindo a eficiência com que as culturas absorvem e utilizam o azoto, o principal componente dos fertilizantes. No entanto, a maioria das culturas apenas utiliza cerca de 55% do azoto contido nos fertilizantes que os agricultores aplicam nos seus campos, enquanto o restante acaba no solo circundante. Quando o azoto se infiltra nas águas subterrâneas, pode contaminar a água potável e provocar a proliferação de algas nocivas em lagos, rios, reservatórios e águas quentes do oceano. Além disso, o azoto não utilizado que permanece no solo é convertido por bactérias em óxido nitroso, um potente gás com efeito de estufa que é 265 vezes mais eficaz a reter o calor durante um período de 100 anos do que o dióxido de carbono. Os Estados Unidos são o maior produtor mundial de milho. Esta

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