BA22 - Agriterra

60 HORTICULTURA 'A água que não chega hoje, é produção que se perde amanhã' Odemira reuniu o setor hortofrutícola nacional no 7.º Colóquio da Lusomorango – Organização de Produtores de Pequenos Frutos, no passado dia 21 de julho. Sob o tema “Nutrir o Futuro: Produção Agrícola, Segurança, Autonomia e Soberania”, o evento destacou-se pela forte participação, reunindo produtores, líderes associativos, académicos e representantes institucionais num momento decisivo para o futuro da produção agrícola nacional. Joana Peres Na sessão de abertura, Loïc Oliveira, presidente da Lusomorango, sublinhou o papel que a organização tem desempenhado na afirmação de Odemira como referência global na produção de pequenos frutos. Deixou, no entanto, um alerta claro: “Temos capacidade para crescer, mas não sozinhos. A água que não chega hoje, é produção que se perde amanhã.” Defendendo a execução de promessas políticas e a desburocratização de processos, o presidente alertou para entraves administrativos que colocam em risco a sustentabilidade de um setor com forte vocação exportadora. Hélder Guerreiro, presidente da Câmara Municipal de Odemira, e Roberto Grilo, da CCDR Alentejo, reforçaram a importância da agricultura enquanto vetor de desenvolvimento regional e de soberania alimentar. “Portugal conta com 125 organizações de produtores, 53 das quais neste setor. É um investimento superior a 20 milhões de euros por ano, com cofinanciamento europeu”, salientou Roberto Grilo. MESAS-REDONDAS O programa contou com três mesas- -redondas que trouxeram à conversa vozes conhecidas e experientes. Na primeira, dedicada à segurança alimentar, Paulo Portas apontou os impactos da geopolítica na agricultura europeia. “A guerra na Ucrânia mostrou-nos que energia e alimenLoïc Oliveira, presidente da Lusomorango.

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