BA2 - Agriterra

ENTREVISTA 60 tos AGCO, de 28% em 2005 para 76%, em 2020. A AGCO Power não se limita a contribuir, em grande medida, para a melhoria da nossa margem geral, tendo também a maior integração vertical sido fundamental para se con- seguir a melhor economia de combustível da classe, o que significa proporcionar o melhor custo total de pro- priedade (TCO) aos nossos clientes. Podermos otimizar o motor e a transmissão com as nossas próprias mãos é uma mistura secreta para o sucesso. Dito isto, estamos muito satisfeitos com o nosso investimento. O novo desafio nos equipamentos agrícolas é a digita- lização e a conetividade. Esteve precisamente durante algum tempo à frente da divisão de agricultura inte- ligente Fuse da AGCO. Estão bem posicionados para dar resposta às exigências dos clientes? Sim, e a nossa marca Fuse reúne pessoas, máquinas e soluções para proporcionar os conhecimentos coletivos necessários para impulsionar o progresso na agricultura. As nossas soluções Fuse podem diferenciar-se em três valores essenciais: • A conetividade e a abertura proporcionam uma maior compatibilidade e facilidade de utilização em todas as marcas e regiões. • A colaboração e uma gestão mais fácil dos dados per- mitem a partilha dos mesmos de forma mais simples e eficiente e a utilização produtiva de terceiros; expe- riência fora da exploração agrária. • As nossas capacidades de precisão garantem que os agricultores se desenvolvemmelhor ao recolher dados commaior precisão, e ao aproveitar as tecnologias GPS e as tecnologias de automatização. Automatização, eletrificação, robotização, energias alternativas... Tudo isto são conceitos futuristas ou já são uma realidade? Para quais julga haver mais futuro dentro do cenário da Agricultura 4.0? Os mesmos já são ou estão a tornar-se rapidamente numa realidade. De facto, a AGCO identificou cinco áreas estra- tégicas no nosso contexto tecnológico, as quais estamos a investigar ativamente: • Conetividade: para a gestão de dados e para a expe- riência digital do cliente. • Automatização: inclui máquinas inteligentes e soluções que atuam para reduzir as tarefas stressantes. • Robótica: integra automatização e conetividade, com funções que complementam as dos equipamentos maiores. • Eletrificação: relativa a fontes de energia que propor- cionam uma maior eficiência e menores emissões. • Energias de futuro: procura aproveitar soluções de ener- gia alternativa, como o diesel renovável, combustível sintético e biometano. Como achaque será o trator dos próximos anos e, sobre- tudo, que papel atribui ao agricultor nesse cenário? Do nosso ponto de vista, o trator continuará a ser um fator importante no futuro, só que muito mais ligado aos diferentes implementos, assim como a outras máquinas, para ajudar o agricultor a melhorar a sua produtividade geral em todo o ciclo de cultivo, maximizando o tempo de atividade e reduzindo a pegada ambiental. O agricultor continuará a estar no centro da conceção dos nossos tra- tores, tal como tem sido desde há muito tempo, o coração das nossas marcas principais, Fendt, Massey Ferguson e A IMPORTÂNCIA DA ÁREA FINANCEIRA A AGCO Finance é uma joint-venture com o DLL Group, filial da Rabobank. A AGCO tem uma participação de 49% na AGCO Finance e Eric Hansotia é membro da sua direção e partilham espaço na sede corporativa. “Entendemos que as soluções de financiamento que apoiam a liquidez e o fluxo de caixa são muito importan- tes para os distribuidores e clientes. Nestes tempos difíceis do Coronavírus, a AGCO Finance desempenha um papel fundamental e estamos a trabalhar juntos para ampliar e adaptar as nossas ofertas, de modo a propor- cionar soluções de pagamento personalizadas e financeiramente sustentáveis. Também estamos a olhar para o futuro, investindo em ferramentas financeiras digitais para os distribuidores, assim como em produtos ino- vadores para os utilizadores finais, como o serviço de aluguer. O nosso objetivo é permitir que os agricultores tenham mais tranquilidade para se concentrarem na sua importante atividade principal: produzir alimentos para a população”, afirma o futuro CEO. O executivo recorda que, “tradicionalmente, os agricultores consideram o equipamento agrícola como um investimento para ter na propriedade, em vez de se alugar”. No entanto, acrescenta, “em certos mercados onde o financiamento de equipamentos pode ter um custo proibitivo, é óbvio que queremos apoiar as necessidades dos clientes com soluções alternativas. Como disse anteriormente, na região EME notamos uma nova potencial tendência nos serviços de aluguer disponibiliza- dos pela AGCO Finance”.

RkJQdWJsaXNoZXIy Njg1MjYx