BA18 - Agriterra

ENTREVISTA 31 Quais são as premissas para uma produção cada vez mais eficiente e sustentável de frutos como a framboesa, amora, mirtilo e morango? A disponibilidade de água será a premissa vital, não só para os pequenos frutos mas para toda a produção agrícola. As alterações climáticas são uma realidade inquestionável, da mesma forma que o é a necessidade de continuar a produzir alimentos para a população mundial, que continuará a aumentar. Sem água não há alimentos, pelo que é fundamental encontrar processos produtivos que façam um uso cada vez mais eficiente deste recurso. É nisso que, na Lusomorango, temos empenhado os nossos esforços. O Centro de Investigação para a Sustentabilidade, uma iniciativa que a Lusomorango concretizou a par com o INIAV - Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária e com as empresas Driscoll’s e Maravilha Farms, estuda, com base em processos científicos, a capacidade produtiva das plantas em cenários exigentes de disponibilidade de água. Este é um conhecimento que servirá, além dos produtores da Lusomorango, todos os produtores, de pequenos frutos e de outras culturas, sempre com o propósito para que foi criado: produzir alimentos de qualidade, da forma mais eficiente e sustentável possível. Que balanço faz do Colóquio Hortofrutícola dedicado à gestão sustentável da água, e o que pode antecipar sobre a temática do evento do próximo ano? O Colóquio Hortofrutícola, uma iniciativa que a Lusomorango promove em parceria com a Universidade Católica, tem tido uma evolução muito positiva ao longo das suas já seis edições. Tem sido nosso princípio, e é nosso compromisso, promover o debate público sobre os temas que são vitais em Odemira e ao setor agrícola, nomeadamente, a água, as pessoas e o território. Na sexta edição dedicámo-nos ao tema ‘Novas Fontes de Água: Soluções estruturais para um futuro sustentável’ e, conforme o próprio título indica, apresentámos e debatemos propostas concretas e construídas com base na investigação e no conhecimento científico, para resolver, de forma estrutural, os desafios da água na região. Contámos com um painel de oradores de valor significativo – como o secretário de Estado da Agricultura, o presidente do Grupo Águas de Portugal, o ex-presidente do IPMA, o chefe de missão da Organização Internacional para as Migrações (OIM) Portugal, além do presidente da Câmara Municipal de Odemira, o presidente da EDIA, o presidente da APA e outras autoridades regionais – e, acreditamos, contribuímos para esclarecer todos os presentes, na sala e remotamente, sobre as soluções que Odemira precisa.

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