51 CULTIVO: ABACATE O networking e a promoção de relações comerciais entre os participantes é um dos destaques da Jornada Técnica do Abacate. Mesa-redonda 'Controlos oficiais na fronteira: importações, exportações, reexportações', moderada por Javier López, responsável pelo departamento comercial da Autoridade Portuária da Baía de Algeciras. não é elevado, apesar do aumento da comercialização deste produto”. Importa salientar que, desde 2018, as importações de abacate para Espanha aumentaram 80% e que, dessas importações, 80% entram pelo Porto de Algeciras. Quanto à origem dessas importações, 50% são originárias do Peru e 20% de Marrocos, como as origens mais destacadas. Também se destaca o facto de 90% das exportações espanholas de abacate serem canalizadas através de Algeciras. Por outro lado, María José Sánchez, diretora da Fruit Attraction, a mais importante feira hortofrutícola de Espanha e referência internacional, anunciou as novidades da próxima edição que será realizada de 8 a 10 de outubro deste ano, na IFEMA Madrid. Sánchez destacou que China e a Arábia Saudita, que participa na feira pela primeira vez, serão os países importadores convidados nesta edição em que, além disso, o abacate será o produto-estrela (Fresh&Star). O responsável da Fruit Attraction afirmou que o evento se tornou um “ponto estratégico global“ e que, enquanto decorre, ”Madrid se torna o centro hortofrutícola do mundo”. A III Jornada Técnica do Abacate terminou com a intervenção de Shelly Vorster, diretora de marketing da Organização Mundial do Abacate (WAO). Após uma apresentação desta organização sem fins lucrativos, fundada em 2016, com o objetivo de impulsionar o consumo de abacate no mundo, Shelly Vorster apresentou dados muito interessantes sobre as tendências do consumo no mercado europeu de abacate. Entre eles, destacou o caso da Itália, “um mercado emergente que está a crescer a um nível mais alto a cada ano que passa e que representa uma grande oportunidade de crescimento”, afirmou. De um modo geral, um dos impulsionadores atuais do mercado é a mudança em curso dos nossos hábitos alimentares . “Atualmente, 15% dos consumidores reduzem o consumo de carne e procuram opções para uma alimentação mais saudável, como proteínas vegetais ou não animais”, assegurou Shelly Vorster, mas sublinhando a necessidade de continuar a comunicar os benefícios do abacate ao invés dos dados, como o que garante que “apenas 46% dos europeus conseguem identificar corretamente que o abacate cresce em árvores”, concluiu. n
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