OLIVAL 33 Figura 4. Evolução qualitativa da produção de azeite virgem na província de Cáceres. Elaboração própria com base em dados do MAPA. Figura 3. Evolução qualitativa da produção de azeite virgem na província de Badajoz. Elaboração própria com base em dados do MAPA. Para tal, foi apresentado o projeto inovador intitulado “Melhorar a competitividade e a sustentabilidade das cadeias de valor da azeitona de mesa e do azeite virgem da Extremadura”, claramente centrado em proporcionar aos diferentes elos da cadeia de valor do azeite e da azeitona de mesa inovações tecnológicas, novos serviços, melhorias de fácil e barata implementação, e como tornar as suas actividades económicas mais competitivas e mais sustentáveis. Para tal, manuais, conferências, artigos e demonstrações serão o foco de todas as ações que constituem a espinha dorsal deste projeto. DESAFIOS ATUAIS PARA MELHORAR O FUTURO DO OLIVAL NA EXTREMADURA O potencial de produção da Extremadura, especialmente de Badajoz, permitirá, num ano climatericamente ótimo, bater sem dificuldade o seu recorde de produção de azeite virgem nas duas províncias (figura 2). Mesmo com este aumento da produção, será difícil ultrapassar o quinto lugar da produção nacional. No entanto, fará com que a Extremadura possa produzir mais de 3% do azeite mundial. Mesmo com esta campanha ainda não encerrada, Badajoz poderá terminar com a sua segunda melhor colheita de azeites virgens. (figura 2). No entanto, não é apenas o aumento da produção que é positivo, mas também a qualidade. Ao contrário de outras províncias, como Jaén, tanto Badajoz como Cáceres produzem mais azeite virgem extra (AOVE) a cada ano. Se olharmos para os dados do MAPA dos últimos 20 anos, e ajustando as categorias comerciais existentes na legislação anterior, podemos ver, na figura 3, que Badajoz reduziu a quantidade de azeite com defeitos, não o AOVE, para produzir azeites sem defeitos. O mesmo aconteceu em Cáceres (figura 4), uma província que, há 20 anos, produzia apenas um em cada três litros da categoria AVOE, atualmente produz dois em cada três. No entanto, apesar de estarmos no bom caminho e de estarmos a colher os frutos das melhorias na indústria, no cultivo e na formação dos trabalhadores, há ainda desafios a vencer: • A produtividade do campo precisa de ser melhorada: como se pode ver na figura 5, a Extremadura tem uma baixa produtividade nos seus olivais. De acordo com os dados médios e a superfície dos olivais, a Extremadura produz, em média, 240 kg de azeite por hectare, em linha com Castilla la Mancha. No entanto, encontram-se muito atrás outras regiões autónomas, como Navarra ou La Rioja, regiões com olivais mais competitivos. Embora os dados possam ser imprecisos devido ao fluxo de azeitonas para outras regiões autónomas, mostram uma tendência, uma necessidade de melhorar a produtividade. Esta baixa produtividade pode estar relacionada
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