BA13 - Agriterra

OPINIÃO 49 e outras), permitiram obter as características pretendidas de cada uma das variedades parentais. Do PMG da Universidade de Córdoba resultaram variedades diferentes de um mesmo cruzamento entre as variedades Arbequina e Picual, tendo sido já registadas, como novas variedades de oliveira, a Sikitita-1, Sikitita-2 e Martina. As variedades Lecciana (Leccino x Arbosana) e Coriana (Arbosana x Koroneiki), foram obtidas e registadas pela Universidade de Bari, encontrando-se já difundidas em países como Portugal, Espanha, Itália, França, Marrocos e Turquia. Esta presença global permite caracterizar o comportamento de uma variedade do ponto de vista agronómico e das suas características elaiotécnicas. A caracterização varietal é lenta, pelo que são necessários vários anos para que se possam tirar conclusões com rigor. São estas duas novas variedades, a Lecciana e Coriana, que a Hidro Ibérica está a procurar implementar nos seus novos projetos, trazendo plantas desenvolvidas pela Agromillora, segundo as melhores técnicas de mercado. LECCIANA Produz um azeite muito valorizado do ponto de vista organolético, mantém as suas características de qualidade ao longo de todo o ano e possui alta concentração em polifenóis (normalmente o dobro da Arbequina) e ácido oleico, que garantem a sua estabilidade como AVE. É, sobretudo, um azeite apreciado pela sua complexidade, capaz de conter notas de picante, amargo e frutado. O vigor é semelhante ao da variedade Arbequina e o seu sistema radicular bem desenvolvido torna-a muito rústica, recomendável para condições de sequeiro/rega deficitária ou para produção em modo biológico. Conserva a turgescência do fruto apesar da falta de água no Verão. O seu rendimento em azeite é igual ou superior ao da Arbequina. No que diz respeito à resistência ao frio, demonstra um comportamento melhor do que todas as outras variedades até agora adaptadas ao olival em sebe. CORIANA É uma variedade em que o azeite é caracterizado pelo seu amargo e picante, derivado da alta concentração em polifenóis. A sua concentração em ácido oleico é superior à da variedade Arbequina, tal como o seu rendimento em azeite. Revela-se muito interessante para obtenção de lotes monovarietais, podendo nalguns casos ser utilizada como “melhorador” daqueles AVE que possam ter perdido as suas características organoléticas ao longo do ano. A variedade Coriana demonstra todo o seu potencial produtivo em condições de regadio.

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